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'História julgará o enorme impacto' de Fidel, diz Obama

Presidente eleito Donald Trump diz que Fidel foi 'ditador brutal'

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comentou neste sábado (26) a morte do ex-mandatário de Cuba Fidel Castro. A "História julgará o enorme impacto" que o ex-líder revolucionário terá no mundo, disse Obama.

O eleito Donald Trump, por sua vez, que assume a Casa Branca no ano que vem disse que Fidel era "um ditador brutal" e que espera que o país latino-americano possa conseguir "um futuro livre".

Amigo pessoal do ex-líder cubano Fidel Castro, o teólogo brasileiro Frei Betto disse acreditar que a morte do revolucionário não impactará a política doméstica da ilha. "Acho que a morte dele não será um divisor de águas, porque a Revolução Cubana está consolidada. Como Fidel já estava afastado há anos do poder, seu irmão Raúl está habituado a lidar com a política local", afirmou Frei Betto à Ansa

"Não temos elementos para fazer comparações com a Venezuela e sua situação pós-morte de Hugo Chávez", afirmou. "O futuro de Cuba depende muito mais do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que de Raúl Castro", ressaltou o teólogo, autor do livro "Fidel e a Religião". 

Fidel Castro sempre sustentou que sua rivalidade com os Estados Unidos não começou com sua revolução, mas sim, resultado de um "legado histórico" das relações de Cuba "com o império" desde que Washington ocupou a ilha após uma breve guerra contra a Espanha, em 1898. O comandante-chefe esteve publicamente ausente quando, no dia 18 de dezembro de 2014, seu irmão Raúl Castro, presidente de Cuba, estabeleceu um acordo com os Estados Unidos para restabelecer as relações diplomáticas bilaterais com a troca de alguns presos.

Quando em março de 2015, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma visita histórica a Cuba, Castro se manteve distante e só depois fez comentários sobre o discurso do mandatário norte-americano em Havana.

"Quanto terminar essa guerra, eu começarei uma guerra muito maior e mais longa por minha conta: a guerra que vou combater contra eles [EUA]. Me dei conta que esse era meu verdadeiro destino", escreveu Castro no dia 5 de junho de 1958 para Celia Sánchez, uma das poucas mulheres-chave da revolução e em sua própria vida, falecida em 1980.

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* Com Ansa Brasil