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Políticos brasileiros lamentam morte do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro

'Descanse em paz, companheiro Fidel', disse Lula

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Em sua página no Facebook, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escreveu sobre a morte do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro Ruz, que ocorreu nesta sexta-feira (25). 

"Morreu ontem o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro Fidel Castro Ruz".

Lula homenageia Fidel, como símbolo de 'luta e esperança', exemplo de 'bravura', e 'inspiração'. O ex-presidente brasileiro conheceu Fidel Castro em julho de 1980, em Manágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista. No texto, Lula diz ainda que desde então, manteve 'um relacionamento afetuoso e intenso' com o falecido comandante. 

"Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei".

A ex-presidente e sucessora de Lula, Dilma Roussef (PT), também escreveu em sua página do Facebook, lamentando a morte do ex-presidente cubano como motivo "de luto e dor". 

"Sonhadores e militantes progressistas, todos que lutamos por justiça social e por um mundo menos desigual, acordamos tristes neste sábado, 26 de novembro".

Como Lula, Dilma ressaltou Fidel como símbolo de uma revolução e construção de uma sociedade livre da desigualdade, de mobilização das forças populares contra a exploração do povo. Por fim, a ex-presidente prestou pêsames à família de Fidel em seu texto. 

"Meus mais profundos sentimentos à família Castro, aos filhos e netos de Fidel, ao seu irmão Raul e ao povo cubano. Minha solidariedade e carinho neste momento de dor e despedida".

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também se manifestou pela morte do ex-presidente cubano, e disse em nota que a “luta simbolizada por Fidel dos "pequenos" contra os poderosos teve uma função dinamizadora na vida política no continente. "O governo brasileiro se opôs a todas as medidas de cerceamento econômico da Ilha e, desde o governo Sarney até hoje as relações econômicas e políticas entre o Brasil e Cuba fluíram com normalidade”. Em outro trecho da nota, FHC diz que a morte de Fidel “marca o fim de um ciclo, no qual, há que se dizer que, se Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas”. FHC também expressou no documento os votos de que a transição pela qual a Ilha passa "permita que a prosperidade aumente, mas que se preserve, num ambiente de liberdade, o sentimento de igualdade que ampliou acesso à educação e à saúde.

Outro político que se posicionou positivamente nas redes sobre a morte de Fidel foi o vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy. 

"Foi muito importante que Fidel tenha apoiado e vivido o restabelecimento das relações com os EUA que tem promovido avanços muito fortes em benefício dos dois países, para as Américas e para a paz mundial".

O presidente Michel Temer (PMDB) disse em nota à imprensa que "Fidel Castro foi um líder de convicções. Marcou a segunda metade do século XX com a defesa firme das ideias em que acreditava".

O senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Congresso Nacional, em nota oficial, lamentou a morte de Fidel destacando o marco na história mundial. “Em nome do Congresso Nacional, lamento a morte de Fidel Castro que, a despeito de suas convicções e ideologias políticas, foi um homem que marcou a história mundial. Em momentos como este, devemos nos lembrar que posições políticas diferentes, desde que respeitados valores democráticos, contribuem para enriquecer nossa história”, diz a nota.

Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, também destacou que Fidel foi uma figura marcante no século 20 "e, independentemente de crenças políticas, é preciso reconhecer sua importância para o povo de Cuba", disse em nota.

Também em nota, Francisco Dornelles, vice-governador do Rio de Janeiro, citou a capacidade de liderança de Fidel. “Fidel Castro passa para a história pela sua grande capacidade de liderança, coragem nos processos de tomada de decisão, coerência em suas ideias e seus princípios”, disse.

Seguindo uma linha contrária, o deputado Jair Bolsonaro (PSC), comemorou a morte de Fidel em um vídeo publicado nas redes, e questionou a cremação do corpo do líder cubano. “Cremar porque Raúl [Raúl Castro, presidente cubano e irmão de Fidel] se ele já está ardendo nas profundezas do inferno. Fidel Castro, um grande exterminador de liberdade e promotor da miséria no mundo todo certamente terá [...] uma estadia eterna nas profundezas do inferno”, postou Bolsonaro em seu Twitter.

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