Matéria publicada pelo jornal Clarín nesta quint-feira (31) conta que enquanto o Senado brasileiro votou por 61 votos a 20 a saída de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, o presidente argentino Mauricio Macri realizava viagem oficial ao Catar. Ele evitou falar diretamente sobre o assunto. Integrantes do seu governo reiteraram que a gestão Macri respeita o processo brasileiro. Uma forma macrista de não se meter nas questões internas do Brasil, mas que mesmo assim gerou polêmicas nas redes sociais.
Reportagem do Clarín diz que a declaração foi interpretada como “apoio” a Temer. Para a Argentina, afirmam diplomatas do país, “o principal é que o Brasil volte a encontrar o caminho da estabilidade política e econômica porque tudo o que lá acontece reflete aqui e em toda a região”. Após encontro fugaz durante a abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, Temer e Macri participarão da reunião do G20 na China.
Nesta quinta-feira (1), dia seguinte à destituição de Dilma, a situação brasileira é a um dos principais assuntos do dia no país vizinho.
“O presidente Temer enfrenta o desafio de governar um país em crise”, informa o Clarín.
O jornal argentino descreve Michel Temer como um homem de 75 anos que escreve poemas em guardanapos. Ele pertence ao PMDB, é advogado, reclamou ser "vice decorativo" de Dilma em uma carta em dezembro de 2015, e contou com apoio decisivo dos aliados no Congresso Nacional para assumir a cadeira presidencial no Palácio do Planalto.
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