ASSINE
search button

Cabral suspende pagamentos até decisão do STF sobre os royalties

Servidores serão a exceção

Compartilhar

O governador Sérgio Cabral determinou nesta quinta-feira (7) a suspensão de todos os pagamentos do estado, com exceção dos servidores públicos, até sair a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff a redistribuição dos royalties de petróleo.

Os secretários de Estado de Fazenda e de Planejamento foram orientados pelo governador a cancelar os pagamentos, empenhos, repasses e outras transferências não obrigatórias até que o STF se pronuncie sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do Estado do Rio.

>> Congresso derruba todos os vetos de Dilma à lei dos royalties

>> "Tenho certeza que o STF vai impedir esse 'assalto' ao Rio", diz Paes

>> Espírito Santo também vai recorrer ao STF em ação de inconstitucionalidade

“Vão falir o governo do Estado", diz Cabral sobre derrubada de veto 

Após a confirmação da derrubada por parte do Congresso do veto sobre a nova distribuição dos royalties, nesta quinta-feira (7), o governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, reagiu, destacando que a decisão "não resolverá o problema de nenhum estado brasileiro”. O governador confirmou que vai aguardar a publicação da lei para tentar recorrer no Supremo Tribunal Federal.

Cabral explicou também que a justificativa da presidente Dilma para vetar a redistribuição dos royalties tinha como base o rompimento de três artigos: “Dilma foi clara como água no seu veto. Desrespeitaram o artigo 5º da Constituição, que é o ato jurídico perfeito. Isto afetaria tanto os petróleos já leiloados, como os contratos assinados envolvendo a exploração de petróleo no Rio. O artigo 20 também foi desrespeitado porque não se pode disponibilizar recursos do Estado e dos municípios produtores de petróleo, e ainda o artigo 167, que fala sobre o desequilíbrio orçamentário”, ressaltou.

O governador declarou ainda que a decisão é um caos para o governo do Estado e seus municípios e que cada estado produtor (Rio, São Paulo e Espírito Santo) vai entrar com um recurso no STF. “Vão falir o governo do estado e 87 das 92 cidades que recebem os dividendos dos royalties”, concluiu. 

 “Existe um termo jurídico chamado periculum in mora, que significa "perigo iminente" em latim. Tenho certeza que a Dilma não vai sancionar a lei, uma vez que ela vetou. O impacto da derrubada do veto não envolve só a questão ambiental, mas também o ICMS, além do orçamento do estado e dos municípios produtores. Temos um arsenal de ações e vamos tomar medidas duras caso o STF não leve em conta a nossa demanda. Esses recursos dos royalties são muito importantes para os orçamentos das cidades. Para metade das 87 cidades, isto chega até  ¼ da receita”.