Há sete meses sem receber os repasses do governo estadual do Rio de Janeiro, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage parece não estar mais resistindo aos efeitos da crise financeira que abate o estado. Na manhã desta quarta-feira (23), a OcaLage colocou os seus 70 funcionários em situação de aviso prévio. A escola foi criada pelo governo do estado para profissionalizar e compartilhar com a sociedade civil a gestão de duas importantes instituições culturais.
O Jornal do Brasil conversou com o presidente da EAV OcaLage, Márcio Botner, que comentou com tristeza a necessidade de tomar essa decisão, segundo ele, devido aos atrasos dos repasses de verba que deveriam chegar do governo estadual, o que não acontece há sete meses.
“A situação infelizmente chegou a um ponto insustentável. O que acontece é que a OcaLage funciona através de uma parceria com o governo do estado do Rio de Janeiro, e ele sempre foi um grande parceiro, proporcionando condições de distribuirmos várias bolsas de estudo, conquistas de selos de qualidade, realizar os cuidados e preservação de toda a área verde do parque, que é uma floresta. Porém, há sete meses que o repasse de verbas não chega até as nossas mãos. Durante todo esse tempo tentamos tocar o projeto com recursos próprios, porém, chegou nosso limite”, lamentou Botner.
Márcio Botner também pediu que o governo reveja a situação e reassuma a parceria de sucesso com o OcaLage, firmada há mais de dois anos.
“Nós queremos que o nosso parceiro retorne para o nosso lado. Continuar da maneira que está, gerindo a escola com nosso recursos próprios, está inviável. O segredo do nosso sucesso era a parceria público-privada, que, infelizmente, não está acontecendo há sete meses. Nós precisamos do estado para poder funcionar”. Encerrou o presidente.
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