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'Clarín': Brasil, entre corrupção e reformas

Jornal faz análise do país um ano após destituição de Dilma 

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Matéria publicada nesta quinta-feira (1) pelo jornal argentino Clarín lembra que ha um ano atrás, Dilma Rousseff foi retirada da presidência do Brasil, enquanto um cenário ainda mais sombrio de revelações sobre a extensão e profundidade da corrupção na política estavam explodindo.

Clarín afirma que o meio político se uniu para remover a presidente em defesa própria, já que a Lava Jato se estendeu, além do Executivo, para uma boa parte dos parlamentares, que votaram sua destituição alegando as desculpas mais surpreendentes.

Era um ato de necessidade política e hipocrisia de proporções análogas ao iceberg da corrupção que ameaçavam atingir esse tipo de Titanic vulnerável e sem rumo no qual a economia brasileira se tornara, aponta o texto do diário argentino. Mas também pode-se dizer que a remoção da presidente foi um ato visando o impulso econômico que já havia acabado há anos, lançando o Brasil estava em profunda recessão.

Inverter essa situação também parecia estar fora do alcance de Dilma Rousseff, por inabilidade e ideologia. Clarín defende que Dilma herdou de Lula uma economia enfraquecida. Ele havia integrado o consumo a milhões de brasileiros, mas havia consumido os recursos para incorporar novos. As reformas de Dilma e o ajuste que iniciou foram insuficientes.

As grandes multinacionais como a Odebrecht e JBS provaram ser gigantes da corrupção associados à política, que, de uma forma ou de outra. 

O atual presidente é visivelmente assediado pela corrupção e notoriamente acusado, o que não se pode falar de Dilma, que nunca esteve envolvida em nenhum escândalo.

O Brasil também está politicamente dividido. A situação econômica determinará o curso político, finaliza Clarín.

> > Clarín

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