ASSINE
search button

Após 14 horas, rebelião acaba em presídio do RN com mais de 10 mortos

Compartilhar

Após 14h20, a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, do Rio Grande do Norte, acabou, deixando mais de dez mortos. O motim começou por volta das 17h de sábado (14) (horário local, 18h em Brasília), e só terminou às 7h20 deste domingo (15), com a entrada nos pavilhões da Tropa de Choque da Polícia Militar. Foram confirmadas mais de dez mortes, de acordo com o governo estadual do Rio Grande do Norte.

Uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 teria dado início à rebelião. Alcaçuz é o maior presídio do estado, e possui capacidade para 620 detentos, mas abriga cerca de 1.150 presos.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o muro.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) diz em nota que as mortes são "resultado de uma briga entre facções rivais". Já o governo do estado afirma que "'estão sendo levantadas informações acerca do envolvimento de facções criminosas".

Crise nos presídios

Desde o início do ano, presídios do norte do país enfrentam episódios de rebeliões com mortes. No início do ano, um confronto entre facções rivais em Manaus deixou 56 mortos. No dia 6 de janeiro, outro confronto em presídio de Roraima  deixou 33 mortos. Houve também fuga de centenas de presos. 

>> Ministro da Justiça convoca reunião com secretários de Segurança de todo o país

>> Facções criminosas assumem lugar do Estado

>> Moraes diz que mortes de presos em RR foram "acerto de contas interno" do PCC

>> Roraima pede Força Nacional; detentos do semiaberto ficam em prisão domiciliar

>> Temer rompe silêncio e lamenta "acidente pavoroso" em presídio de Manaus

>> Crise e falta de perspectiva: a receita do caos nos presídios

>> Estado tem responsabilidade sobre detentos de Manaus, afirma ONU

>> Sistema penitenciário "vai viver de massacre em massacre", alerta especialista

>> Crise do país potencializa caos no sistema penitenciário