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'Clarín': Temer visita Argentina e Paraguai, primeiros a reconhecer seu governo

Reportagem diz que presidente não irá ao Uruguai onde a base não o aprova 

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Matéria publicada pelo jornal argentino Clarín nesta quinta-feira (29) conta que na Argentina, Temer realizará, na segunda-feira (3), a primeira visita bilateral desde que assumiu definitivamente a Presidência, há quase um mês, em 31 de agosto, para concluir o mandato em 2018.

Segundo a reportagem durante as cinco horas em que estará na capital argentina, Temer e mais três ministros conversarão com o presidente Mauricio Macri e sua equipe sobre quatro assuntos – política, comércio, investimentos e defesa.

Em entrevista a jornais brasileiros nesta quarta-feira (28), Mauricio Macri disse que a Argentina é aliada do Brasil, não importando o partido político de quem está no Palácio do Planalto.

Clarín acrescenta que os ministros que devem viajar com Temer são o das Relações Exteriores, José Serra, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e da Defesa, Raul Jungman. Na agenda, temas como a “sintonia política” e “maior diálogo bilateral”, investimentos brasileiros na Argentina e a defesa na região de fronteira (uma das bandeiras de Serra).

O jornal argentina analisa que com o comércio bilateral em queda (chegou a quase US$ 40 bilhões em 2011 e caiu para menos de US$ 30 bilhões), este será um dos temas da pasta de Pereira e seus pares argentinos. Ele esteve recentemente em Buenos Aires. Na sua visita em maio, pouco depois do inicio do processo para admissão ou não do impeachment de Dilma Rousseff, Serra foi perseguido por protestos de brasileiros e argentinos.

Clarín diz que após visitar Buenos Aires, Temer embarcará para a capital paraguaia, onde se reunirá com o colega Horacio Cartes. Argentina e Paraguai foram os primeiros países da região a reconhecer o governo de Temer.

Michel Temer não irá ao Uruguai, onde a base governista Frente Ampla divulgou comunicado rejeitando a saída de Dilma e a posse do atual presidente, informa o texto do Clarín.

Clarín destaca que oficialmente o governo brasileiro argumenta que “não haveria tempo para a realização da viagem aos três países” e “Temer e (o presidente uruguaio) Tabaré Vázquez se encontraram na Assembleia da ONU, em Nova York”.

Longe dos microfones, se reconhece, porém, que Argentina e Paraguai foram os primeiros a reconhecer a legitimidade do presidente, finaliza o Clarín.

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