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'El País': Lula vira réu pela segunda vez na Lava Jato e será julgado por Sérgio Moro

Ex-presidente é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por caso ligado a OAS

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Matéria publicada nesta terça-feira (20) pelo jornal El País conta que o ex-presidente Luiz lnácio Lula da Silva se tornou réu pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido benesses da construtora OAS, parte do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. 

A reportagem afirma que segundo o juiz federal Sérgio Moro, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal na semana passada apresenta “indícios suficientes de autoria e materialidade”. A mulher do petista, Marisa Letícia Lula da Silva, e o diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, também irão responder a processo. É a segunda vez que Lula se torna réu. Ele já responde a processo por obstrução da Justiça desde julho, em caso relacionado a Lava Jato que corre na Justiça Federal de Brasília.

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O jornal espanhol acrescenta que de acordo com a denúncia, o ex-presidente teria recebido 3,7 milhões de reais em propinas da empreiteira OAS. O pagamento, de acordo com a acusação, teria sido feito de maneira dissimulada por meio da entrega de um apartamento tríplex no Guarujá, da reforma feita deste mesmo imóvel e da contratação de uma empresa de transportes para armazenar parte do acervo pessoal de Lula em um galpão da empresa Granero na Grande São Paulo. Na semana passada, os advogados do ex-presidente negaram que ele tenha cometido qualquer crime, reafirmam que ele não é dono do triplex e caracterizaram a ação como política e parte de uma "farsa lulocêntrica".

El País destaca que é a primeira vez que Lula será julgado por Moro. Caso condenado pelo juiz, ele ainda pode recorrer a uma segunda instância, e se a corte confirmar a decisão de Curitiba as aspirações do petista de voltar à presidência em 2018 seriam frustradas, uma vez que ele se tornaria inelegível por oito anos. O ex-presidente também pode ser preso preventivamente se a Justiça entender que há indícios de que ele pode vir a fugir, ou que está atrapalhando a produção de provas.

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