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Mais Médicos: Frente Nacional dos municípios defende o programa

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O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, presidente da Frente Nacional de Prefeitos, afirmou nesta segunda-feira (25/11), durante a audiência pública sobre o Programa Mais Médicos, no Supremo Tribunal Federal, que a dificuldade para a contratação de médicos é comum à maioria dos municípios brasileiros, e defendeu a manutenção do programa do Executivo, criado por medida provisória.

O presidente da FNP garantiu que o problema é crônico, mesmo tendo havido, nos últimos 10 anos, aumento significativo dos investimentos municipais em saúde pública. Ele destacou que, em 2012, o percentual de 21,5% do orçamento dos municípios foi destinado ao setor de saúde,contra 16,5% em 2002.

Segundo o prefeito, a cada ano os municípios encontram formas de aumentar os investimentos na saúde pública, mas, em alguns casos, é necessário retirar recursos de outros setores. Fortunati observou que o aumento de investimentos no setor reflete o pensamento da maioria dos prefeitos, e que a Frente reúne representantes de todos os partidos.

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De acordo com ele, em reunião realizada em 2012, os prefeitos assinaram documento no qual destacam a necessidade de contratação de médicos para atuar na saúde pública nas cidades mais pobres e na periferia das grandes cidades. O presidente da Frente informou que, em janeiro de 2013, a entidade lançou campanha questionando onde estão os médicos para atender à população carente.

Ele argumenta que em Porto Alegre, quinto município no ranking de estruturação do SUS, havia, no início de 2013, 213 vagas de médicos. “Não é somente por falta de estrutura adequada que médicos deixam de trabalhar. Não temos dificuldade para contratar médicos para os hospitais, mas as vagas na periferia só estamos conseguindo preencher com o Mais Médicos”, afirmou.