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Advogado de Geiza Dias diz que ela era “funcionária mequetrefe” de Valério 

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O advogado da ré Geiza Dias, Paulo Sérgio Abreu e Silva, fez a sustentação oral mais rápida (26 minutos) na sessão plenária desta terça-feira do Supremo Tribunal Federal, na continuação do julgamento da ação penal do mensalão. Ele qualificou a sua cliente, ex-gerente financeira da empresa SMP&B de Marcos Valério, de “funcionária mequetrefe”, que apenas “batia o cheque e o encaminhava. Assim, não poderia ter sido denunciada “no maior escândalo jurídico da nação brasileira”.

Geiza Dias é acusada pela prática dos crimes de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas – assim como Simone de Vasconcelos. E na mesma linha da defesa desta última, Abreu e Silva procurou desconsiderar as provas referentes à sua culpabilidade: “Ela nunca emitiu um cheque por vontade própria, e nem podia”, já que “cumpria ordens”.

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O advogado de fez contundente crítica da denúncia oferecida pelo ex-procurador-geral da República, em 2005, e aceita pelo STF em agosto de 2007. “O artigo 155 do Código de Processo Penal (produção de provas) foi degolado, destruído, aniquilado, porque o então procurador-geral da República não sabe redigir uma denúncia”, afirmou. Ele acrescentou que Geiza Dias era “moça pobre” e subalterna, subordinada a Simone Vasconelos e que, quando demitida, recebia R$ 1.700 de salário mensal.

Na lista de sustentações orais da sessão do STF desta terça-feira está ainda o defensor de Kátia Rabello, ex-presidente do Conselho de Administração do Banco Rural, onde continua como acionista.