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'The Guardian': A queda de David Cameron é uma tragédia Europeia

Jornal inglês lembra que nunca um grande país abandonou o projeto iniciado em 1950

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Matéria publicada nesta sexta-feira (24) no jornal britânico The Guardian, afirma que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta sexta-feira (24) a intenção de renunciar ao cargo, depois que 51,9% dos britânicos votaram a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. Cameron ficará no cargo até outubro. 

"O próximo primeiro-ministro deve iniciar o processo de saída da UE", afirmou o chefe de governo.

"Eu não penso que seria correto tentar ser o capitão que orienta nosso país até até seu próximo destino", disse Cameron diante da residência oficial de Downing Street. Ele completou que o "novo primeiro-ministro deveria estar no cargo antes do início do congresso do Partido Conservador", em outubro. O próprio Cameron convocou o plebiscito e colocou seu futuro político em jogo. A demissão anunciada representa o fracasso de sua escolha.

The Guardian afirma em seu texto que após dois meses de uma campanha dura e tensa, que teve como momento mais dramático o assassinato da deputada trabalhista e pró-UE Jo Cox, 46,5 milhões de eleitores responderam a seguinte pergunta: "O Reino Unido deve permanecer como membro da União Europeia, ou abandonar a União Europeia"?

Guardian lembra que nunca um grande país abandonou a UE desde o nascimento do projeto europeu nos anos 1950, quando as nações ainda viviam sob os escombros da Segunda Guerra Mundial, e metade do continente era governado por ditaduras. Atualmente, a UE engloba 28 países democráticos.

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