A Aeronáutica Civil da Colômbia informou que 72 corpos já foram retirados dos destroços da aeronave que levava a delegação da Chapecoense. A entidade confirmou ainda que há 75 vítimas fatais no acidente e seis sobreviventes.
Segundo a entidade, há 150 pessoas envolvidas na busca e resgate das vítimas que "trabalham continuamente para facilitar a recuperação dos corpos".
"As partes da aeronave foram encontradas a 500 metros da área do sinistro, onde 70% dos corpos estavam se encontrou a fuselagem e nos 30% do terreno eram onde estavam os seis sobreviventes", divulgou a entidade em nota.
O avião que transportava o time da Chapecoense, de Santa Catarina, caiu na Colômbia na madrugada desta terça-feira (29). A equipe seguia para Medellin, onde iria disputar nesta quarta-feira (30) a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia. Seis pessoas sobreviveram: Ximena Suárez, comissária de voo, Erwin Tumiri, técnico da aeronave, ambos atendidos na Clínica Somer de Rionegro, o jogador Alan Ruschel (Hospital de la Ceja), o goleiro Jackson Follmann e o jornalista Rafael Henzel (Hospital de la Ceja).
Fontes colombianas informaram que o zagueiro Hélio Hermito Zampier Neto também teria sido encontrado nos escombros nesta manhã, durante as operações de busca.
O goleiro Marcos Danilo Padilha (Fundação San Vicente) estava na lista de sobreviventes, mas faleceu no hospital. Ele tinha sido resgatado com politraumatismo.
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Entre os mortos está o jornalista brasileiro Paulo Júlio Clement, que foi editor do caderno de Esportes do Jornal do Brasil, entre outros jornalistas e comentaristas. Ao menos 22 jornalistas da Fox TV, da Globo, RBS e rádios estavam no voo.
O avião estava com 81 pessoas a bordo, sendo 72 passageiros e nove tripulantes, entre jogadores, dirigentes esportivos e jornalistas. O avião era um British Aerospace 146, gerenciado pela companhia boliviana Lamia. Ele teria desaparecido do radar e feito um pouso forçado, devido a uma falha elétrica, em Cerro Gordo, nas proximidades da cidade de La Unión. Fontes locais dizem que a aeronave estava a apenas cinco minutos de voo do aeroporto mais próximo, mas o piloto decidiu arriscar o pouso antes. Ele teria, inclusive, esvaziado os tanques de combustível para evitar uma explosão.
No texto divulgado no Twitter, o aeroporto informou que a torre de controle recebeu às 22h [hora de Bogotá] comunicado do piloto de que o avião estava em situação de emergência, entre o município de La Ceja e La Unión, com falhas elétricas. Imediatamente, foram mobilizados o Comitê Operativo de Emergência, com a presença de funcionários da prefeitura de Rionegro, da Polícia Aeroportuária, Força Aérea Colombiana, de bombeiros e autoridades.
Com Ansa