O Ministério Público está investigando o patrimônio dos chefes do grupo de PMs acusados de arrecadar propina de comerciantes na Zona Oeste do Rio. O MP identificou pelo menos três imóveis que pertencem ao coronel Alexandre Fontenelle, ex-comandante do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, que foi exonerado do cargo e preso. O patrimônio do coronel é avaliado R$ 4 milhões e conta com uma casa de praia em Búzios, uma cobertura em Jacarepaguá e um apartamento no Grajaú. Ele está sendo acusado de envolvimento num esquema de propina enquanto comandava o 41º BPM (Irajá).
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Ainda segundo o MP, a casa de praia está em seu nome e os outros imóveis no nome de parentes e amigos.O apartamento do Grajaú pertence oficialmente à irmã de Fontenelle. Já a cobertura em Jacarepaguá está no nome da mãe do coronel e de outros dois oficiais que também foram presos, o major Carlos Alexandre Lucas e o capitão Walter Conchone Netto.
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Diversas informações foram dadas por um policial não identificado em troca de responder o processo em liberdade. Segundo ele, subornos chegavam ao Estado-Maior da corporação. Ele declarou que os batalhões tinham que pagar à cúpula da PM cerca de R$ 15 mil por mês.
Ainda segundo esse PM, os batalhões mais rentáveis eram o de Bangu (14ºBPM, no qual estavam lotados 22 dos 24 presos da operação Amigos SA), Irajá, Rocha Miranda, São Gonçalo e Duque de Caxias.