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Black blocs incendeiam ônibus e jogam bomba no consulado americano

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Rio de Janeiro – Manifestantes black blocs, que inicialmente participaram do protesto em apoio à educação no Rio, segunda-feira (7), de forma pacífica, acabaram incendiando um ônibus na Avenida Rio Branco, depredando mais dois, além de jogarem dois coquetéis-molotov no consulado americano, durante a noite.

Passageiros que estavam  em outros ônibus foram obrigados a descer para não serem atingidos pelo fogo. Manifestantes também jogaram pedras contra o consulado. Os policiais militares do Batalhão de Choque se posicionaram próximo ao consulado e começaram a dispersar os manifestantes com bombas de gás e de efeito moral.

Pontos de ônibus foram quebrados e o prédio do Consulado de Angola também foi depredado. Black blocs assumiram a direção de dois ônibus e colocaram os veículos de forma que bloqueassem a Avenida Rio Branco ao lado do monumento do Obelisco. Os bombeiros foram chamados e começaram a apagar as chamas do ônibus que foi incendiado. Os vândalos tentaram incendiar um segundo ônibus, mas fugiram com a chegada da polícia sem que o veículo fosse incendiado.

Os black blocs também picharam as paredes do lado de fora da Câmara Municipal do Rio, jogaram artefatos semelhantes aos usados nas festas juninas e tentaram atear fogo ao prédio.  Alguns manifestantes jogaram coquetel molotov nas janelas do prédio, que estavam protegidas com chapas de madeira. Outros invadiram agências bancárias na Cinelândia e quebraram as vidraças. As pichações faziam referência ao governador do Rio, Sérgio Cabral, e frases como "Mais livro e menos bomba". Algumas pessoas subiram na fachada do prédio com um cartaz pedindo a libertação da ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel, indiciada por pirataria pela Rússia após protesto.

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Início pacífico

A manifestação em defesa da educação começou de forma pacífica, por volta das 18h, na Igreja da Candelária, reunindo cerca de 50 mil participantes. A maior parte dos manifestantes era formada por grupos de professores municipais, estaduais, estudantes e sindicalistas, que não se envolveram nos atos de pichação e vandalismo. A passeata seguiu rumo à Avenida Rio Branco. Intitulada "Um Milhão pela Educação", ocupou toda a área em frente à Câmara e à Biblioteca Nacional. 

A estudante de pedagogia e direito Gabriela Guedes, participante do protesto, disse que apoia a causa e defende o reajuste dos salários dos docentes. "Sem os professores, nós não temos nenhum tipo de profissional. É muito importante que as pessoas se conscientizem, a população, e os universitários estão também aqui na luta para apoiar essa causa, que é muito digna". Para ela, as manifestações dos últimos meses renderam bons frutos e são uma boa forma de reivindicar direitos, apesar da violência.

Com Agência Brasil