Diante da dificuldade para localizar os corpos de cinco vítimas do desabamento de três prédios no Centro do Rio de Janeiro, exames de DNA foram realizados nesta segunda-feira (30) em familiares dos desaparecidos e nos seis pedaços encontrados em um aterro de Duque de Caxias - para onde foram levados os escombros.
De acordo com a defensora pública coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio, Leila Caixeiro Omari, o resultado do exame de DNA deve ficar pronto nos próximos dez dias. Há a possibilidade deste prazo ser prorrogado.
"Em função do exame ser realizado em pedaços de cadáveres, há uma dificuldade maior de se obter um resultado rápido. Mas a nossa expectativa inicial é de dez dias", explicou.
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Ainda de acordo com Leila, caso alguns corpos não sejam localizados, a Defensoria vai pedir que a Justiça emita certidões declaratórias de óbito presumido (um documento equivalente à certidão de óbito). O documento possibilita a família das vítimas a receberem indenizações de seguros de vida.
Depois que a Polícia Civil fechar o inquérito e apontar os responsáveis pela tragédia, será a vez da Defensoria Pública ingressar com uma ação cível pedindo indenizações para os parentes das vítimas. O inquérito pode ser concluído nos próximos 30 dias ou prorrogado por outros 30. Cabe ao delegado da 5ª DP (Centro) definir qual será o período das investigações.
""Depois do fechamento do inquérito policial o Ministério Público vai ingressar com uma ação criminal contra os responsáveis. Neste momento, a Defensoria vai levantar informações sobre o seguro obrigatório dos prédios. Depois o próximo passo será checar para quem serão cobradas as demais indenizações. Tudo depende da inquérito", indicou a defensora, que participou de uma reunião com parentes de vítimas da tragédia nesta segunda-feira (30).
Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 129, a Central de Relacionamento com o Cidadão.