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"Escapei por um milagre", diz técnico que estava em prédio durante explosão

Sobrevivente estuda processar proprietário de restaurante que usava botijões irregularmente

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O técnico em informática Alexandre Almeida, 37 anos, que estava no quarto andar do prédio da Rua da Carioca com a Avenida Passos no momento da explosão no restaurante Filé Carioca escapou da morte em apenas alguns segundos. Ele desceu as escadas correndo e quando chegou no térreo teve suas pernas soterradas pelos escombros.

Mesmo com fraturas nas pernas, Alexandre Almeida comemora a data desta quinta-feira, que segundo ele é a sua nova data de aniversário.

"Quando ouvi a explosão, desci as escadas correndo. Eu tinha acabado de chegar para trabalhar. Foi descer do elevador e ouvir o estrondo. Pensei muito na minha família e temi pela minha vida", contou. "Nasci de novo". 

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Para ele, o atendimento das vítimas no Souza Aguiar deixou muito a desejar. "Eu cheguei ao hospital com muita falta de ar, mas não tinha sequer balão de oxigênio. A unidade está lotada e o atendimento foi péssimo. Como tenho plano de saúde, fui levado para uma unidade particular", reclamou. 

Jornaleiro amigo de vítimas também escapou

O proprietário de uma banca de jornal que fica na mesma calçada do restaurante onde ocorreu a explosão contou que os corpos das vítimas foram todos dilacerados.

Jorge Luiz revelou ainda que o chefe de cozinha havia estado na banca de jornal pela manhã para pedir o telefone do proprietário do restaurante, que havia perdido.

"Ele disse que precisava falar com o Rogério urgentemente. Que o restaurante estava com um cheiro muito forte de gás. Eu passei o contato para ele, que entrou de volta ao restaurante", lembrou.