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Advogado de restaurante que explodiu diz que vítimas receberão assistência

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Identificado como Bruno Castro, o advogado do dono do restaurante Filé Carioca, no Centro do Rio, onde ocorreu a explosão que matou três pessoas e deixou outras 17 feridas na manhã desta quinta-feira, disse que ainda não teve acesso ao laudo citado pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, que indicava que o estabelecimento estaria em situação irregular. 

Ele alegou que ainda não teve contato com o seu cliente, mas afirmou que as vítimas terão todo o apoio necessário.  Segundo o advogado, o proprietário foi internado em um hospital, cujo nome não foi divulgado, e encontra-se em estado choque. O irmão de Rogério, que trabalhava no restaurante, estaria entre os feridos.

"Ainda não consegui conversar com o Rogério, pois ele está hospitalizado e em estado de choque. Mas o que eu posso garantir até o momento é que ele, com certeza, irá arcar com toda a assistência às vítimas", afirmou. 

Mais cedo, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros e secretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, afirmou que o restaurante onde ocorreu a explosão não tinha a autorização da corporação para funcionar. Segundo o coronel, os donos do restaurante Filé Carioca não haviam solicitado o certificado de aprovação dos Bombeiros, documento necessário para garantir o funcionamento do estabelecimento.

O coronel disse não ter certeza se os outros estabelecimentos do prédio onde houve a explosão haviam feito a solicitação. De acordo com o comandante, é "impossível" fazer a vistoria de todos os estabelecimentos comerciais da cidade. Normalmente, segundo ele, o Corpo de Bombeiros descobre a irregularidade através de denúncia.

O comandante apresentou um laudo da Defesa Civil datado de agosto de 2010, no qual o órgão fazia uma série de exigências para garantir o funcionamento do restaurante. "Este estabelecimento não foi aprovado para utilizar gás combustível em cilindros de GLP (gás de cozinha) ou canalizados de rua, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem autorização pela DGST (Diretoria Geral de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros)", diz o laudo.

"Nenhuma edificação deste tipo pode utilizar GLP", disse o coronel. "O correto seria o uso de gás canalizado", completou. Segundo ele, o restaurante armazenava seis cilindros, cada um com 45 kg de gás.

Pânico no Centro

Uma forte explosão destruiu a fachada do edifício Riqueza e uma banca de jornais, próximo ao Hotel Fórmula Um, na Rua do Ouvidor, número 9,  por volta das 7h30 desta quinta-feira. Pelo menos sete andares do edifício foram atingidas.

As ruas da Carioca, Assembleia e Visconde de Rio Branco foram interditadas ao trânsito. Agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estão no local, que está isolado.

O prédio é comercial e residencial. No térreo, funcionava o restaurante Filé Carioca, possível local de origem da explosão. Uma idosa foi retirada do sexto andar pelos bombeiros, que permanecem no local procurando mais vítimas. 

Já foi descartada a hipótese de explosão em bueiro. Os bombeiros fazem varredura para identificar a causa do acidente.  Os corpos dos mortos estão sendo levados agora pelo Corpo de Bombeiros. Todos eram empregados do restaurante. 

Um funcionário do restaurante Filé Carioca disse, em entrevista á rádio CBN, que no local havia seis cilindros de gás.

* Com Portal Terra