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Carlos Heitor Cony: políticos e escritores lamentam morte de jornalista

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Escritores, políticos, artistas e amigos lamentaram a morte do jornalista Carlos Heitor Cony, de falência múltipla de órgãos, na noite desta sexta-feira (5). Cony deixa vasta produção de romances, contos e crônicas.

“É com tristeza que recebo a notícia da perda de Carlos Heitor Cony, um dos mais cultos e preparados pensadores nacionais. O jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras, atuou nos principais jornais e revistas do País. Meus sentimentos à família e aos amigos”, escreveu o presidente Michel Temer em rede social.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também lamentou a morte do jornalista. “Cony foi um dos mais brilhantes jornalistas que o Brasil teve”, disse, por meio de nota. 

"Velho companheiro de redação e um dos maiores escritores brasileiros da segunda metade do século passado. Já seria um dos grandes se tivesse escrito apenas 'Pessach' e 'Quase Memória'", destacou o jornalista e escritor Sérgio Augusto, no Twitter.

>> Morre aos 91 anos o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony

O prefeito do Rio Marcelo Crivella também lamentou em nota a morte do escritor, "um dos mais expressivos nomes da cultura brasileira". "Vencedor de três prêmios Jabuti e membro da Academia Brasileira de Letras, Cony também foi um jornalista brilhante, com passagem pelos principais veículos da imprensa do país, influenciando o trabalho dos colegas com seu talento e bom humor. À sua família, nossas mais sinceras condolências."

O governador do Rio Luiz Fernando Pezão se manifestou por meio de nota. Ele decretou três dias de luto no Estado, destacando que "o jornalismo e a literatura perderam um de seus nomes mais importantes". "Com uma trajetória brilhante em jornais, revistas, TV e rádio, Carlos Heitor Cony foi um crítico de primeira hora do autoritarismo e da censura do regime militar. Também deixou como legado uma obra de ficção marcante. Neste momento difícil, quero prestar minhas condolências à família, aos amigos e admiradores de Cony."

O dramaturgo Walcyr Carrasco também falou sobre a morte do jornalista nas redes sociais. "Hoje parte um mestre. Carlos Heitor Cony era mestre na arte de observar a vida e na arte de transformar isso em texto. Me deleitava lendo suas crônicas nos jornais ou um de seus livros - produzia muito e com extrema qualidade. Uma grande perda que deixa um legado lindíssimo para quem, como eu, ama ler e escrever."

Carrasco também fez um comentário sobre a amada e famosa Mila. "Tinha um amor enorme por sua cadelinha Mila assim como tenho pela minha”, ressaltou o dramaturgo, lembrando de um texto do jornalista sobre o animal de estimação.

Em seu blog, o jornalista esportivo Juca Kfouri lembrou de um acontecido envolvendo Cony na final da Copa do Mundo da França, em 1998, quando o Brasil perdeu por 3 a 0. Na ocasião, Kfouri tinha pressa de sair do estádio, quando foi abordado por Cony, que disse: "Isso não se faz, Juca. Saiba perder e fique até o fim".

"Cony, além de ter sido o escritor extraordinário que foi, o jornalista testemunha de momentos decisivos da vida brasileira, era capaz de ser extremamente espirituoso e severo ao mesmo tempo, dono de uma capacidade de observação admirável", afirmou Juca Kfouri.

A cantora Fafá de Belém fez um comentário no Instagram, com uma foto do jornalista. "Grande jornalista, cronista, romancista e brasileiro."

"Arrivedderci, Cony. Muito bom ter te lido, te conhecido, papeado longamente. Nosso ultimo encontro ano passado foi tao frutifero, que te fiz personagem do roteiro que escrevi. Vc eh eterno como Pompeia", declarou o escritor Marcelo Rubens Paiva em sua conta no Twitter.

O escritor Fabrício Carpinejar também falou sobre a morte do jornalista nas redes sociais. "'Amanhã farei grandes coisas', é assim que o jornalista Ernesto pai se despedia do seu filho Carlos Heitor Cony, na hora de dormir, depois de um dia de trabalho. Você fez grandes coisas, escritor Cony, maravilhosos romances, crônicas límpidas, assim você se despede da gente, com a esperança bem vivida."

O escritor Fabio Daflon publicou um poema em homenagem a Cony. No últimos versos, Daflon escreveu: "entre as imperfeições e o fabuloso, foi boa a travessia, Cony, vá avance, em quem construiu tua obra a vida não termina."