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Morre aos 91 anos o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony

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Morreu às 23h10 desta sexta-feira (5), aos 91 anos, o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, por falência múltipla de órgãos. Ele estava no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por problemas de intestino  desde o dia 26 de dezembro. No dia 1° de janeiro, Cony passou por uma cirurgia no intestino.

Detalhes sobre enterro e velório ainda não foram divulgados.

Carlos Heitor Cony começou a carreira de jornalista em 1952 no Jornal do Brasil. Entre 1958 e 1960, colaborou no "Suplemento Dominical" do JB com contos, ensaios e traduções. Cony passou por diversos jornais como Correio da Manhã e Folha de S. Paulo e pela revista Manchete.

Em 1964, após o Golpe Militar, chegou a ser preso diversas vezes e se exilou na Europa e em Cuba. Cony escreveu diversos romances como "O ventre" (1958) e "Quase memória" (1995). Também foi autor de livros de crônicas, contos e novelas. 

Em 2000, Cony foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o quinto ocupante da Cadeira nº 3. Ele foi eleito em 23 de março e tomou posse em 31 de maio daquele ano.

O jornalista e escritor nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de março de 1926. Cony era casado com Beatriz Latja e tinha três filhos, Regina, Verônica e André.

>> Carlos Heitor Cony revela os livros que deixou de fazer

"Arrivedderci, Cony. Muito bom ter te lido, te conhecido, papeado longamente. Nosso ultimo encontro ano passado foi tao frutifero, que te fiz personagem do roteiro que escrevi. Vc eh eterno como Pompeia", declarou o escritor Marcelo Rubens Paiva em sua conta no Twitter.

O escritor Fabrício Carpinejar também falou sobre a morte do jornalista nas redes sociais. "'Amanhã farei grandes coisas', é assim que o jornalista Ernesto pai se despedia do seu filho Carlos Heitor Cony, na hora de dormir, depois de um dia de trabalho. Você fez grandes coisas, escritor Cony, maravilhosos romances, crônicas límpidas, assim você se despede da gente, com a esperança bem vivida."

O escritor Fabio Daflon publicou um poema em homenagem a Cony. No últimos versos, Daflon escreveu: "entre as imperfeições e o fabuloso, foi boa a travessia, Cony, vá avance, em quem construiu tua obra a vida não termina."