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Wladimir Costa, o deputado da tatuagem, arranca risos de Jean Wyllys

Deputado atacou a oposição, enquanto deputado do PSOL reagia com ironia

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O deputado Wladimir Costa (SD-PA) arrancou risos de deputados durante sua fala na tribuna da Câmara de Deputados, nesta quarta-feira (20). Enquanto ele fazia um inflamado discuso a favor do presidente Michel Temer, e atacando a oposição, o deputado Jean Wyllys (PSOl-RJ) e outros parlamentares davam gargalhadas. A Câmara vota nesta quarta o parecer que defende a rejeição da denúncia contra Temer por corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República. 

Wladimir tatuou nesta semana o nome de Temer em seu ombro, a apareceu em evento sem camisa, exibindo a tatuagem. Segundo o tatuador, o desenho era de henna. Também foi Wladimir que atacou o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que elaborou um parecer defendendo a admissibilidade da denúncia contra Temer. Wladimir o chamou de "incompetente", "burro" e "desqualificado". Na ocasião, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco, interrompeu sua fala e ameaçou cassar sua palavra.

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Nesta quarta-feira, Wladimir falou em tom exaltado que Temer era um homem "ético" e "transparente", afirmando ainda que a oposição era "enlameada" e "incompetente". "Podem se preparar para chorar hoje!", prosseguiu, complementando: "O PT não é um partido, é uma organização criminosa. Vocês precisam lavar as bocarras com soda cáustica, são imorais, incompetentes, falsos moralistas, e acham que vão nos colocar contra a opinião pública.Quem é Temer mostra a cara e até tatua aqui no ombro." 

Wladimir ainda pediu que os cinegrafistas o filmassem, batendo no ombro onde a tatuagem foi feita, enquanto alguns deputados gritavam: "Mostra a tatuagem!"

Acusação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou, em pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (28), que Wladimir Costa  seja condenado pelo crime de peculato. Segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, o parlamentar teria recebido o salário de "funcionários fantasmas" supostamente alocados em seu gabinete.

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