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Yunes afirma que foi "mula involuntária" de Eliseu Padilha

Ex-assessor de Temer teria recebido um pacote entregue por Lucio Funaro

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Em depoimento prestado semana passada a procuradores, em Brasília, o ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, afirmou que recebeu um "pacote" em 2014, em seu escritório em São Paulo, entregue pelo operador Lucio Funaro, a pedido do ministro da Casa Civil Eliseu Padilha. Yunes, que pediu demissão em dezembro, disse ter sido uma "mula involuntária" de Padliha.

O ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho afirmou, em delação premiada cujo teor veio à tona em dezembro de 2016, que participou de um jantar no Palácio do Jaburu com Marcelo Odebrecht, Temer e Padilha. Na ocasião, contou Melo Filho, Temer pediu apoio financeiro para o PMDB na campanha eleitoral de 2014.

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Ainda de acordo com a delação, o empreiteiro afirmou que pagaria R$ 10 milhões, sendo que R$ 4 milhões ficariam sob responsabilidade de Padilha. Um dos pagamentos teria sido feito na sede do escritório de advocacia de Yunes, no Jardim Europa, em São Paulo.

Em seu depoimento, Yunes afirmou que, durante a campanha eleitoral, recebeu um telefonema de Padilha pedindo que ele recebesse em seu escritório alguns "documentos", que depois seriam retirados de lá por um emissário.

Lucio Funaro teria então aparecido no escritório afirmando que estava trazendo um pacote. Yunes afirma que desconhece o conteúdo do pacote.