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Protesto de brasileiros em Cannes foi "quase infantil", diz ministro da Cultura

Marcelo Calero afirmou que manifestação causa prejuízos à imagem do Brasil

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O ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse que o protesto da equipe do filme brasileiro Aquarius, no Festival de Cannes, foi "quase infantil" e "até um pouco totalitário". Em entrevista neste domingo (5) ao programa Preto no Branco, no Canal Brasil, Calero afirmou que a manifestação "causa prejuízos à reputação e à imagem do Brasil".

"Estão comprometendo (a imagem do país) em nome de uma tese política, e isso é ruim. Eu acho até um pouco totalitário, porque você quer pretender que aquela sua visão específica realmente cobre a imagem de um país inteiro. Acho que a democracia precisa ser respeitada e acho que é um desrespeito falar em golpe de Estado com aqueles que viveram o golpe realmente, o de 1964. Pessoas morreram. E as pessoas esquecem isso. Então eu acho de uma irresponsabilidade quase infantil", disse o ministro.

>>Diretor de cinema rebate críticas de ministro da Cultura

Na sessão de gala do filme, em maio, na França, o diretor Kleber Mendonça Filho, os atores Sonia Braga, Humberto Carrão e Maeve Jinkings e integrantes da produção levantaram cartazes denunciando o processo de impeachment e o afastamento da presidente Dilma Rousseff como golpe.

"Eu acho (o protesto) muito ruim. Como qualquer manifestação, tem que ser respeitada, isso está fora de questionamento. Agora, acho ruim, em nome de um posicionamento político pessoal, causar prejuízos à reputação e à imagem do Brasil", criticou Calero.