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Rodrigo Janot fica em primeiro lugar na lista tríplice para PGR

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Em consulta para a formação da lista tríplice ao cargo de procurador-geral da República, realizada nesta quarta-feira, 5 de agosto, pela Associação Nacional dos Procuradores da República, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi o mais votado, com 799 votos.

O segundo colocado foi o subprocurador-geral da República Mário Bonsaglia (462 votos), seguido pela subprocuradora-geral da República Raquel Dogde (402 votos). Os três nomes serão entregues à presidente da República, Dilma Rousseff, a quem compete escolher o nome para o cargo e encaminhar a indicação para o Senado Federal.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos também concorreu e recebeu 217 votos.

Para o presidente da entidade, José Robalinho Cavalcanti, a Lista Tríplice para PGR é um avanço institucional para a sociedade brasileira e apresenta nomes legitimados pelo reconhecimento da carreira. "Nessas eleições, batemos o recorde histórico em número de votantes: 79% do total de 1.244 associados participaram do pleito", destacou.

De acordo com a Comissão Eleitoral da ANPR - composta pelos subprocuradores-gerais da República Oswaldo José Barbosa Silva e Paulo Gustavo Gonet Branco -, participaram 983 membros do MPF, ativos e inativos, associados à ANPR e foram registrados três votos nulos e 1.066 votos brancos.

O próximo procurador-geral da República exercerá o cargo no biênio 2015-2017. Dilma deverá escolher até setembro quem comandará o Ministério Público Federal nos próximos dois anos. Apesar de poder escolher qualquer um dos três nomes da lista, desde o governo Lula o primeiro tem sido conduzido para liderar a Procuradoria Geral da República.

Para tomar posse, o procurador precisa ser sabatinado pelo Senado, tendo o nome aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e pelo plenário da Casa, em votação secreta.

O procurador-geral decidirá se pede ou não abertura de processo contra deputados, senadores e ministros acusados de envolvimento na corrupção na Petrobras.

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Veja os currículos dos candidatos:

Rodrigo Janot Monteiro de Barros é o atual Procurador-Geral da República. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ingressou no MPF em 1984. Foi presidente da ANPR no biênio 1995/1997 e atuou como secretário-geral do MPU na gestão de Cláudio Fonteles. Janot também foi conselheiro do CSMPF por três vezes. Foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Roberto Gurgel no cargo, tendo tomado posse em 17 de setembro de 2013.

Raquel Elias Ferreira Dodge é mestre em Direito por Harvard (EUA), subprocuradora-geral da República, com atuação em matéria criminal e coordenadora da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. Atuou na equipe que obteve a condenação dos membros da quadrilha liderada por Hildebrando Pascoal no Acre e no “Panettonegate” que afastou o Governador Arruda em Brasília.

Mário Luiz Bonsaglia é membro do Ministério Público Federal (MPF) desde 1991, procurador Regional da República, lotado na 3ª Região, em São Paulo. Doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP), exerceu o cargo de procurador do Estado de São Paulo entre 1985 e 1991 e foi diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República no biênio 1999/2001, integrou a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (matéria criminal e controle externo da atividade policial), no período de 2008-2009. Atuou ainda como vice-presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe), no período de 2009 a 2010.

Carlos Frederico dos Santos é natural de Manaus-AM. Graduou-se em direito pela Universidade Federal do Amazonas em 1986. Ingressou no Ministério Público Federal em 1991, permanecendo na carreira até hoje. Foi presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República entre 1999 e 2003, institucionalizando a prática da Lista Tríplice. Foi secretário-geral do MPU durante a gestão de Antônio Fernando de Souza como procurador-geral da República, e foi procurador regional dos Direitos do Cidadão de 1996 e 1997. É membro titular da 7ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e exerce suas atribuições no Superior Tribunal de Justiça na área criminal. 

Deputado Wadih Damous defende escolha de Janot por Dilma Rousseff 

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) defendeu hoje (05) que a presidenta Dilma Rousseff reconduza Rodrigo Janot para o cargo de procurador-geral da República. Janot foi o candidato mais votado na lista tríplice escolhida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). "Para manter a coerência adotada desde o primeiro governo Lula o nome do candidato mais votado na lista tríplice não pode deixar de ser o escolhido pelo Palácio do Planalto", afirmou Damous.