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Nova fase da Operação Lava Jato já tem dez presos

Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, se apresentou no início da tarde à PF em São Paulo

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Dez pessoas já foram presas na 14ª etapa da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal. Nesta fase, duas das maiores empreiteiras do país - a Odebrecht, e a Andrade Gutierrez - foram o alvo principal. Entre os presos estão os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, da Odebrecht, além de Marcelo Odebrecht - presidente da empresa - e Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez. 

Foram cumpridos 59 mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Do total de mandados, oito foram de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 38 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Dos 12 mandados de prisão, dois ainda não foram cumpridos (todos de prisão preventiva). César Ramos Rocha (Odebrecht) não foi localizado. Paulo Roberto Dalmazzo (Odebrecht) vai se apresentar ainda nesta sexta, segundo a PF. Elton Negrão, executivo da Andrade Gutierrez, se apresentou no início da tarde à Polícia Federal em São Paulo 

A Lava Jato foi deflagrada em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Confira a lista dos presos:

Odebrecht

Marcelo Odebrecht, presidente, prisão preventiva

João Antônio Bernardes, ex diretor, prisão preventiva

Alexandrino de Salles, prisão temporária

Cristiana Maria da Silva Jorge, consultora, prisão temporária

Márcio Faria da Silva, prisão preventiva

Rogério Santos de Araújo, prisão preventiva

Andrade Gutierrez

Otávio Marques de Azevedo, presidente, prisão preventiva

Antônio no Pedro Campelo de Souza, prisão temporária

Flávio Lucio Magalhães, prisão temporária

Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez

Operação Erga Omnes

A operação desta sexta-feira foi batizada de Erga Omnes, expressão usado no Judiciário que quer dizer "para todos". A Odebrecht foi acusada de pagar propinas de US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que cumpre prisão domiciliar.

De acordo com nota da PF, cerca de 220 policiais federais trabalham na operação. Os presos estão sendo levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

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