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Futuro ministro da Educação atende ao que a bancada evangélica defende, diz Bolsonaro

Fábio Motta/AE -
Jair Bolsonaro
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O presidente eleito Jair Bolsonaro participou, na manhã deste sábado (24), de um evento militar no Rio de Janeiro, e comentou a indicação do filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação. Apesar de negar que tenha sido uma imposição da bancada evangélica, Bolsonaro admitiu que o nome atende ao que o grupo defende. Rodríguez apoia a Escola Sem Partido e defende a "preservação da família e da moral humanista".

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"A bancada evangélica é muito importante não para mim, mas para o Brasil. E essa pessoa indicada, pelo que eu sei, não é evangélico mas atende àquilo que a bancada evangélica defende: princípios, valores familiares, respeito à criança, formarmos, no final da linha, alguém que seja útil para o Brasil e não para seu partido", disse, durante a cerimônia do aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste.

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Jair Bolsonaro (Foto: Fábio Motta/AE)

Bolsonaro também afirmou que não pretende acabar com os programas sociais, mas que todos passarão por auditoria. “Projeto social tem que ser para tirar a pessoa da pobreza e não para mantê-la num regime de quase dependência. Nós não queremos nenhum brasileiro dependendo do Estado. Logicamente, ninguém será irresponsável a ponto de acabar com qualquer programa social, mas todos serão submetidos a auditoria para que aqueles podem trabalhar entrem no mercado de trabalho e não fiquem dependendo do Estado a vida toda”, disse.

O presidente eleito ainda comentou seu estado de saúde, após exames médicos determinarem o adiamento da cirurgia para a retirada da colostomia, prevista inicialmente para o dia 12 de dezembro. “Não tem problema. Eu não posso é me submeter ao esforço prolongado. Reconheço que até desobedeci um pouquinho a recomendação médica, mas, afinal de contas, essa vibração aqui é muito bem vinda e ajuda na recuperação”, afirmou. Bolsonaro voltará ao hospital no dia 19 de janeiro para nova consulta. 

O presidente eleito também falou sobre o Mais Médicos, voltando a compará-lo a um "regime de escravidão" de médicos cubanos. “Tem muitos cubanos que têm família lá em Cuba e já constituíram novas famílias aqui. Esse projeto destruiu famílias e nós não podemos admitir isso. Muita mulher cubana está aqui há um ano sem ver o filho. Isso é um ato criminoso praticado pelo governo de Cuba – que para mim não é novidade – e pelo desgoverno do PT”, declarou.

Bolsonaro também falou sobre os venezuelanos que estão em Roraima, afirmando que eles não são "mercadoria" para serem devolvidos. “Eles estão fugindo de uma ditadura apoiada pelo PT, Lula e Dilma. Não podemos deixá-los à própria sorte e que o governo de Roraima resolva a situação. O que falta aos governos do Brasil é se antecipar ao problema”, disse, afirmando que a solução seria criar um campo de refugiados e um controle rígido.