É inadmissível um país parar motivado pelo segmento midiático como se estivesse chegando no Brasil a Seleção Brasileira campeã do mundo, ou um ídolo distinguido por sua atuação no mercado de trabalho. Terá sido esta forma midiática a espantosa parte de um esquema publicitário que possa transformá-lo de delinquente corrupto a homem honesto?
No passado, com a mesma forma midiática, transformaram ele no homem mais rico do país, mas com o dinheiro do povo.
O que vê o filho de um delinquente preso, sem dinheiro para comprar remédio para a mãe morrendo ou doente, quando assiste a este delinquente pior do que todos os "fernandinhos beira-mar" juntos? Fernandinho Beira-Mar não roubava do povo, dos hospitais, da população sedenta de fome. Fernandinho Beira-Mar delinquia sim, contra as leis. Para delinquir, não precisa prejudicar o estado e os segmentos que mantêm a sua sobrevivência, como o pagamento dos salários dos servidores, a compra de remédios, a manutenção dos exames - como o do pezinho, nos recém-nascidos - , o tratamento da zika ou a prevenção contra a febre amarela.
Este, que roubou tudo isso, provoca a falência do estado e desmoraliza o povo no exterior. Porque entre os que delinquiram estão os que tinham sido eleitos pelo povo. Não se sabe por que os bens desses delinquentes não estão sequestrados. Eles delinquiram, sim, com o povo que elegeu os políticos que foram presos, políticos esses que representavam justamente o segmento mais pobre da sociedade.
Aqueles sofredores imaginavam que com um partido do povo indo para o poder, como o PT, eles, eleitores, poderiam ser privilegiados. Ao contrário: ao elegerem esses senhores corruptos, corrompidos por este marginal - que está à margem da lei - sentem uma desilusão que pode um dia, mais perto do que muitos imaginam, levar a uma revolta de "olho por olho, dente por dente".
Chegou o Robin Hood. Todas as TVs filmando. Foi direto para onde nunca devia ter saído. O bom filho à casa sempre retorna.