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'NYT': EUA e Brasil trabalham juntos para conter ameça de terrorismo na Rio 2016

Reportagem conta que setor de inteligência está treinando equipe de segurança

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Matéria publicada nesta terça-feira (2) no jornal norte-americano The New York Times conta que o governo do Brasil preocupado com possíveis ataques terroristas durante as Olimpíadas, está trabalhando com estreita colaboração dos serviços de inteligência dos EUA para identificar possíveis ameaças e impedir potenciais desastres nos Jogos.

A reportagem fala que apesar de suas duras batalhas contra a violência e criminalidade, o Brasil não havia se preocupado com a onda ataques terroristas que vem sacudindo boa parte do mundo nos últimos anos. Mas parece que os jihadistas estão chamando os Jogos Olímpicos de caos, com base em uma onda de assassinatos na Europa, nos Estados Unidos e em outros lugares ao longo do último ano, incluindo o massacre de 130 pessoas em Paris e ataques de "lobos solitários" inspirados pelo Estado Islâmico, que tem levantado grandes receios sobre a questão da segurança do Brasil para os Jogos.

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O NYT afirma que as autoridades americanas têm instruído as unidades antiterrorismo brasileiras sobre ataques químicos e biológicos. Eles estão ajudando a identificar alvos fáceis, como restaurantes, boates e shoppings que estão longe de locais olímpicos bem guardados. Eles estão trabalhando em conjunto ha muitos meses para treinar a equipe de policiamento e segurança brasileira a agir da forma correta, principalmente quando se trata de grandes eventos. 

A cooperação entre os dois países é um marco notável  após o acontecido em 2013 quando houve vigilância Americana de líderes políticos do Brasil pela Agência de Segurança Nacional. A notícia sobre a mudança nas relações veio no mês passado, quando os investigadores brasileiros revelaram que o F.B.I. tinha ajudado a identificar e rastrear vários dos 10 homens presos por suspeita de planejar ataques sob influência de um grupo de militantes do Estado Islâmico chamdo defensores da Sharia.

"Os americanos estão prestando um papel fundamental no rastreamento de áreas que precisamos vistoriar", disse Rafael Brum Miron, procurador de Curitiba. 

"Eu não sei como o F.B.I. tem a sua inteligência, mas acabou sendo uma aliada muito valiosa. "

Medo de terrorismo é comum antes de qualquer outra Olimpíada, ressalta o The New York Times. Mas a frequência dos ataques recentes ao redor do mundo - e inexperiência relativa do Brasil em lidar com o terrorismo - realmente dá um sentido de urgência ao entendimento da questão como um todo aos responsáveis pela segurança do Rio.

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