ASSINE
search button

Rússia descarta hipótese de atentado contra avião que caiu no Egito

Estado Islâmico reivindicou ter abatido avião russo com 224 pessoas

Compartilhar

O ministro dos Transportes da Rússia, Maxim Sokolov, disse que são falsas as informações de que o avião russo que caiu neste sábado (31) no Egito, provocando 224 mortes, foi alvo de atentado terrorista. Se comenta que o grande responsável pela catástrofe que não deixou sobreviventes seria o Islã.

“Em alguns meios de comunicação, surgiram informações sobre o avião de passageiros russo, que voava de Sharm el-Sheik para São Petersburgo, ter sido atingido por um míssil lançado por terroristas. Esta informação não pode ser considerada verdadeira”, afirmou Sokolov.

Um grupo ligado ao Estado Islâmico no Egito reivindicou no Twitter ter abatido o avião russo que caiu no Sinai, no Egito. O ministro Maxim Sokolov acrescentou que as autoridades russas estão em estreito contato com o governo egípcio e que, “neste momento, não há informações que confirmem essas fantasias”.

Sokolov assinalou que especialistas estão trabalhando no local do desastre e que, “dentro de muito pouco tempo, uma comissão internacional começará a trabalhar na área da queda". "Com os materiais recolhidos e as análises escrupulosas de todas as informações, serão retiradas as conclusões sobre as causas da tragédia.”

>> Autoridades egípcias anunciam ter encontrado caixa-preta do avião russo

De acordo com o ministro, os dados disponíveis, baseados em contatos de trabalho com a parte egípcia, indicam que não pode ser considerada verdadeira a informação de que o avião foi derrubado. O Egito prometeu à Rússia "total cooperação” para esclarecer as causas da catástrofe que atingiu o avião.

O avião da companhia russa MetroJet (Kogalimavia) tinha como destino São Petersburgo e caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.

Especialistas militares ouvidos pela agência de notícias France-Presse (AFP) disseram que os rebeldes do Estado Islâmico, cuja base fica no norte da Península do Sinai, não dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo, ou de o avião ter sido atingido por um foguete ou míssil quando descia na sequência de falhas técnicas na aeronave.

O contato com a aeronave foi perdido 23 minutos depois da decolagem do Aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho. O avião estava a uma altitude de mais de 30 mil pés (9,144 metros) quando o comandante queixou-se de uma falha técnica do equipamento de comunicação a um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo egípcio.

A Embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas que estavam a bordo, na maioria russos e alguns ucranianos, morreram na queda do avião.

>> Estado Islâmico reivindica ter abatido avião russo com 224 pessoas

>> Não há sobreviventes do avião russo que caiu no Egito

>> Putin lamenta queda de avião e declara luto na Rússia

>> Presidente russo envia avião de resgate para a Península do Sinai

>> Militares egípcios encontram destroços do avião russo numa área montanhosa

* Com informações da Agência Lusa