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Maduro é presidente durante próximo mês; Dilma viaja para enterro de Chávez

Viagem da presidente será nesta quinta-feira

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Elías Jaua, anunciou hoje (6) que, em função da morte de Hugo Chávez na terça-feira (5), o vice-presidente, Nicolás Maduro, assumirá o cargo de presidente interino e que dentro de 30 dias haverá eleições presidenciais. "Foi o mandato que o comandante-presidente Hugo Chávez nos deu", disse Jaua ao canal de televisão Telesur.

Jaua não especificou se a eleição será realizada dentro de 30 dias ou se a data será escolhida nesse prazo. O governo da Venezuela e a oposição apresentaram, nos últimos meses, interpretações divergentes da Constituição no caso da morte de Chávez, que foi reeleito presidente em outubro.

O líder da oposição Henrique Capriles, que perdeu as eleições para Chávez, pediu ao governo para "agir estritamente no âmbito do seu dever constitucional". A oposição defende que a Constituição indica que o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, deve assumir a liderança do país no caso de morte do presidente.

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Mas, antes de ir para Cuba para uma nova operação de câncer em dezembro, Chávez disse que Maduro devia assumir o poder caso ele ficasse incapacitado.

A Constituição indica que o presidente da Assembleia Nacional deve assumir o poder se o presidente morrer antes de tomar posse do novo mandato. Chávez não compareceu à posse agendada para 10 de janeiro, mas o Supremo Tribunal aprovou um adiamento e decidiu que não haveria interrupção entre governos.

Dilma irá a funeral

A presidente Dilma Rousseff embarcará nessa quinta-feira (07) para Caracas, onde participará do velório do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que morreu vítima de um câncer na última terça-feira. A presidente pernoitará na capital venezuelana e participará da solenidade em homAenagem a Chávez na manhã da sexta-feira. Outros chefes de Estados latino-americanos estarão presentes.

Dilma iria a El Calafate, na Argentina, para um encontro bilateral com a presidente Cristina Kirchner, mas os compromissos oficiais foram cancelados assim que foi divulgado o falecimento do presidente venezuelano. Ontem, em discurso e em nota de pesar, Dilma lamentou a morte de Chávez e o chamou de “amigo do Brasil”.

Na manhã desta quarta-feira (06), as bandeiras oficiais estão a meio mastro após publicação no Diário Oficial da União de um decreto que estabelece luto no Brasil de três dias.