ASSINE
search button

Petróleo pode ser o 'negócio do ano' em 2016, diz analista do Citigroup

Compartilhar

Os bancos de investimento já apontam para cenários melhores na cotação do petróleo, que superou mínimas históricas durante a semana mas voltou a se valorizar nesta quinta-feira (21). De acordo com analista do Citigroup, o petróleo ainda pode ser "considerado o negócio do ano" em 2016, mesmo tendo o pior início de ano desde 1991. Para isto, só precisa superar um entrave, o aumento das exportações iranianas.

"Vai haver uma onda inicial de fornecimento de petróleo do Irã, mas quando isto passar [o mercado] vai ficar flat [plano], e acho que é aí que vai começar a surgir oportunidades de virada do petróleo", disse Ivan Szpakowski, analista do Citigroup em Hong Kong, à Bloomberg

"Parte do motivo pelo qual o petróleo é o negócio do ano é porque ele vai ter uma influência tão ampla que vai garantir que muitas classes de ativos subam junto com ele", acrescentou.

O Citigroup projeta ganhos no segundo semestre, com o barril de Brent a US$ 41 no terceiro quadrimestre e a US$ 52 nos últimos três meses do ano. "Entre os próximos um a três meses, é quando os investidores devem estar de olho em oportunidades", acredita Szpakowski.

As previsões do UBS e do Société Général, de acordo com reportagem da Bloomberg, também sugerem uma recuperação dos preços no segundo semestre do ano. A Opep já havia anunciado que espera um equilíbrio dos preços ainda em 2016. Projeções negativas, contudo, ainda surgem. Na semana passada, a Agência Internacional da Energia (AIE) afirmou que o preço pode chegar a US$ 10, valor muito abaixo dos US$ 100 vistos em 2014, o que ameaça a sustentabilidade de projetos e afeta as finanças de empresas do setor.

>> Agência Internacional de Energia diz que preço do petróleo pode cair para US$ 10

>> Queda nos preços de petróleo leva a corte de custos de US$ 380 bilhões

* Por Pamela Mascarenhas