O Banco Central minimizou a perda do grau de investimento brasileiro pela agência Fitch, anunciada na tarde desta quarta-feira (16). O rebaixamento "não altera o sentido ou a intensidade do ajuste macroeconômico em curso, que já demonstra resultados concretos", destacou a autarquia em nota.
O BC aponta que a consolidação da posição fiscal do país continuará avançando. Otimista, a instituição também apostou em uma "importante desinflação" em 2016. "Esses fatores serão essenciais para a recuperação da atividade econômica em bases sustentáveis à frente", afirma o texto.
As declarações do banco vêm no mesmo tom adotado pelo ministério da Fazenda, que reforçou sua confiança na capacidade de recuperação econômica do Brasil. De acordo com o BC, o país possui robustos colchões de liquidez que ajudam a mitigar a "excessiva volatilidade no mercado".
A autarquia lembrou que o país dispõe de sólida posição de liquidez internacional, com reservas internacionais que somam cerca de US$ 370 bilhões. O valor é quase dez vezes maior do que o estoque da dívida soberana externa.
Em seu texto, o BC também destaca que a economia brasileira vem recebendo fluxos relevantes de investimentos diretos e de carteira - que somam cerca de US% 55 bilhões e US$ 20 bilhões anuais, respectivamente. "Esse conjunto de fatores, entre outras características de rigidez da economia nacional, deixam o país preparado para mudanças nos cenários econômicos interno e externo", afirma a autoridade monetária.
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