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Fãs, empresas e autoridades prestam tributo a Steve Jobs

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Após o anúncio da morte do fundador da Apple, Steve Jobs, vítima de um câncer no pâncreas aos 56 anos, fãs de tecnologia no Japão e em Cingapura foram às ruas para prestar tributo diante das lojas da Apple espalhadas pelos países. Na China, nação com a maior população do mundo, quase 35 milhões de mensagens foram postadas nas redes sociais para marcar o que muitos chamaram da "queda de uma grande estrela". A sede da companhia, em Cupertino, nos Estados Unidos, foi tomada por flores, velas e principalmente maçãs, símbolo da empresa.  

As gigantes da tecnologia Sony e a Samsung, que ameaçara processar a Apple por  violação de patentes, prestaram homenagens ao fundador da companhia americana. Segundo as companhias asiáticas, Jobs foi o "a estrela guia" da era digital e um empreendedor inspirador.

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A taiwanesa Foxconn, uma das maiores fornecedoras da Apple, classificou Jobs como um visionário que foi capaz de transformar a informática em algo artístico e agradável. "A indústria de eletrônica evoluiu graças às suas contribuições que garantiram que a tecnologia é algo acessível para pessoas com os mais diferentes estilos de vidas. O mundo perdeu um herói e eu perdi um amigo", disse Terry Gou, fundador da Foxconn.

Obama: Mundo perdeu um visionário

O presidente americano, Barack Obama, lamentou nesta quarta-feira a morte do cofundador da Apple Steve Jobs, que qualificou de um dos "maiores inovadores" dos Estados Unidos e um "visionário que o mundo perdeu".

"Ele transformou nossas vidas, redefiniu indústrias inteiras e conseguiu uma das maiores proezas na história da humanidade: mudou o modo como vemos o mundo", disse Obama. O presidente lembrou que milhares de pessoas souberam da morte de Jobs por meio de algum dos dispositivos que ele inventou.

Steve Jobs participou da uma reunião de líderes da indústria de tecnologia com o presidente americano em fevereiro deste ano, semanas após anunciar uma licença de saúde por tempo indeterminado. O criador do Facebook, Mark Zuckergerg; o CEO do Google, Eric Schmidt; da Oracle, Larry Ellison; do Yahoo, Carol Bartz, e outros, também estiveram no encontro.

Jobs sofria de doença rara

Steve Jobs, fundador da Apple que morreu nesta quarta-feira, sofria de uma forma muito rara e agressiva de câncer pancreático. Segundo Renato Salim, médico do hospital Santa Rita, de Porto Alegre, o tumor neuroendócrino afeta uma pessoa a cada 100 mil. Mas o caso de Jobs era ainda mais raro, já que esse tipo de câncer ocorre principalmente no pulmão e intestino, dificilmente o pâncreas.

Débora Batassini, oncologista ex-presidente da Sociedade de Cancerologia do Rio Grande do Sul, afirma que a forma mais comum de câncer no pâncreas é o adenocarcinoma - ainda mais agressivo que o neuroendócrino. Ela explica ainda que o tumor que atingiu Jobs é sempre maligno.

Salim diz que, apesar de menos agressivo que o adenocarcinoma, o neuroendócrino "tem um tratamento mais complicado. Se a doença está mais avançado, não temos o que fazer (para curar)".

Os dois médicos concordam que o transplante de fígado ao qual o empresário foi submetido indica que já ocorria metástase do câncer. Salim, contudo, afirma que o transplante só é indicado quando é para tentar curar o paciente, e não prolongar sua vida, como aparentemente foi o caso de Jobs.

Não se sabe em que fase estava a doença quando Jobs a descobriu, já que não falava muito sobre sua vida particular. Salim diz que a sobrevida do paciente quando o câncer é descoberto em uma fase tardia costuma durar entre um e dois anos. Débora diz que pacientes que descobrem mais cedo, quando a doença ainda é curável, podem sobreviver quatro anos, ou até mais em alguns casos. Jobs afirmava 

Com agências