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Mais dois PMs do Rio são presos suspeitos de envolvimento em corrupção

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O capitão Diego Soares Peixoto, lotado no 3º BPM (Méier), e o sargento Romildo Rodrigues Silva, do Comando de Operações Especiais (COE), foram presos nesta segunda-feira (29) suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção dentro da PM do Rio de Janeiro. As duas prisões são resultado do desdobramento da Operação Amigos S.A., que culminou na prisão de outros 24 PMs, inclusive na alta cúpula da corporação. 

Segundo a GloboNews, o capitão Diego e o sargento Romildo pertenceram ao 14º DP (Bangu), que serviria de sede para o grupo de policiais que estabeleceram um esquema de extorsão financeira a moradores e comerciantes da região. Os dois PMs presos hoje foram acusados de receber pagamento de mototaxistas, empresas, instituições financeiras e ambulantes no bairro de Bangu e adjacências, na Zona Oeste.

O esquema criminoso tem sido esclarecido com apoio de um dos 24 PMs presos durante a operação, e que já recebeu a delação premiada.

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A Operação Amigos S/A foi comandada por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Na última sexta-feira (26), o Ministério Público do RJ abriu um procedimento de investigação criminal, atingindo os mais importantes cargos da polícia. A decisão de instaurar inquérito veio um dia depois de a Corregedoria-Geral Unificada da PM (CGU) não atender ao pedido dos promotores para a instauração de procedimento administrativo disciplinar e sindicância patrimonial contra a cúpula da instituição.

Serão investigados o comandante-geral, José Luís Castro Menezes, o chefe do Estado-Maior, Paulo Henrique Moraes, e o chefe do Estado-Maior Administrativo, Ricardo Coutinho Pacheco. 

O Ministério Público vem atuando na tentativa de desmantelar esquemas de propina e envolvimento de policiais com o crime. Enquanto o governo trata os problemas como se fossem pontuais, especialistas alertam para a constância com que isso acontece, destacando que é um problema crônico que alcança todos os níveis de comando.

O policial militar que delatou o suposto esquema que envolve a cúpula da PM, afirma que os policiais têm que pagar aos comandantes do Batalhão e por sua vez, cada batalhão tem que direcionar uma certa quantia para o Estado-Maior da PM. Esse dinheiro seria de extorsão e propina.

Depois de todas as denúncias e investigações, o secretário de Segurança, Beltrame, afirmou que não trocará o comando da PM no Rio.  O comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro de Menezes, vai continuar no cargo.