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Adesivo da Prefeitura do Rio é arrancado de caminhão que provocou acidente

Quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas na Linha Amarela

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Ninguém sabe, ninguém viu. O adesivo da Prefeitura do Rio de Janeiro, colado na cabine do caminhão-caçamba que causou o grave acidente na Linha Amarela, foi retirado, não se sabe por quem, logo após a tragédia. Imagens de televisão mostraram que o veículo estaria a serviço da Prefeitura.

Num primeiro momento, o prefeito Eduardo Paes, que foi ao local do acidente, que deixou quatro mortos e cinco feridos, não soube precisar se a empresa prestava ou não serviços públicos, mas disse que era possível. "A cidade está cheia de obras", afirmou.

Mais tarde, o secretário de Conservação, Marcus Belchior, frisou que a empresa não presta serviço para a prefeitura, mas estaria credenciada para a retirada de entulhos. Momentos depois, o adesivo da prefeitura não era mais visto na cabine do caminhão.

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A reportagem do JB que esteve no local abordou um perito que também não soube informar quem retirou o adesivo, mas reconheceu que a retirada pode interferir nas investigações.

A Prefeitura do Rio foi contactada para se manifestar sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria não se pronunciou.

O caminhão envolvido no acidente tem três multas, duas gravíssimas e uma grave. Em abril do ano passado, ele foi multado por bloquear a via com o veículo. 

Em junho de 2012, ele recebeu a primeira multa gravíssima, mas não há detalhamento da infração. Em março de 2012, a carreta foi multada por estacionamento no passeio público.

A empresa proprietária do veículo é a Arco da Aliança, pertencente ao grupo Terra Prometida Serviços Ltda. A página oficial do grupo na internet exibe os selos de licença da Comlurb e do Inea. 

Já na página do Controle de Infração de Trânsito da Prefeitura do Rio é possível ver que o mesmo caminhão envolvido no acidente na Linha Amarela na manhã desta terça (28), de placa LNN 2225, já foi multado três vezes. Duas infrações são classificadas pelo sistema da prefeitura como gravíssimas, uma delas por “bloquear a via com veículo”, e outra por "estacionar no passeio". Todas as multas estão pagas. 

Uma publicação no Diário Oficial, datada do ano de 2012, comprova que o Inea concedeu a licença de operação à Arco da Aliança, com validade até março de 2016, "para realizar atividades de transbordo, triagem, beneficiamento e armazenamento temporário de resíduos provenientes de construção civil". 

Veja o momento da colisão: