O prefeito Eduardo Paes, visivelmente perdido em entrevista
na TV, pediu mais uma vez aos cariocas que evitassem passar pela Linha Amarela
e seu entorno enquanto a via não for liberada devido ao acidente com a queda da
passarela. A entrevista do prefeito demonstrava sua total incapacidade de
reação diante de um grave acidente como vários outros que já vinham ocorrendo
na cidade, como o alagamento da Via Binário.
Paes afirmou na coletiva dada no local que o caminhão que provocou a queda da passarela não deveria trafegar pelo local naquele horário, proibido para esse tipo de veículo. Ele, no entanto, não explicou como a concessionária da via não impediu que o veículo passasse por ali. Paes também não explicou a falta de fiscalização da concessionária que permitiu a passagem do caminhão neste horário.
O caminhão tinha na lateral da carroceria um adesivo com o logotipo da prefeitura e, portanto, prestava serviço para a administração municipal. Com o acidente, o caminhão ficou parado próximo ao local da queda, mas rapidamente o adesivo foi retirado da lateral assim que as primeiras informações sobre a prestação do serviço começaram a circular.
O chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Pedro
Junqueira, confirmou que a caminhão da empresa Arco da Aliança era credenciada
pela prefeitura, mas negou que o veículo estava prestando serviço ao município.
Segundo Junqueira, a empresa está credenciada para fazer retirada de entulhos
particulares. Esse tipo de ser viço, no entanto, não necessita de adesivos com
o logotipo do município, o que caracterizaria uso irregular da marca. Não foi
esclarecido também como a empresa conseguiu o adesivo, já que não tinha
permissão para usá-lo.