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Eduardo Cunha diz que prisão de Fichtner é a que mais assusta Sérgio Cabral

Ex-chefe da Casa Civil teria histórias "interessantíssimas" sobre nomeações para o Judiciário

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O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha tem afirmado que a prisão do ex-secretário da Casa Civil do Rio, o advogado Régis Fichtner, estaria deixando o ex-governador Sérgio Cabral muito preocupado. 

Segundo os relatos de Cunha, Fichtner conhece histórias "interessantíssimas" sobre as nomeações para o Judiciário feitas durante o governo Cabral. As informações são da coluna Radar.

A Polícia Federal prendeu Fichtner no último dia 23, na Operação C'est fini (É o fim, em francês), no Rio de Janeiro, nova fase da Lava Jato. O nome da operação é uma alusão às famosas fotos da "Farra dos Guardanapos", na qual Cabral, secretários e empresários celebram num restaurante de luxo em Paris a escolha do Rio como sede da Olimpíada. Muitos do personagens que aparecem nas imagens estão hoje presos, acusados de corrupção. No caso da prisão de Fichtner, suspeita-se que empresários costumavam procura-lo para obter facilidades junto ao governo Cabral.

Os procuradores que investigam o esquema de corrupção no governo Cabral apuram também um esquema no uso de precatórios por empresas que tinham dívidas, tributos e impostos com o governo do estado, e também por empresas que tinham interesse em fazer negócios com o governo e que procuravam justamente o escritório de advocacia de Fichtner.

Jornal do Brasil já vinha alertando desde 2012 sobre os negócios nebulosos de Fichtner com o governo.

Em janeiro, deste ano, o JB publicou:

Especula-se sobre a possibilidade de os irmãos Fichtner assumirem a defesa de Cabral. Afinal, durante mais de 20 anos trabalharam com o ex-governador, e eles têm um dos mais importantes escritórios de advocacia do Rio. 

Eles poderão ser os novos colaboradores de Cabral, como sempre foram. Não haveria nem problemas de ordem financeira, pela proximidade e amizade que possuem.

>> Veja aqui e aqui

Em fevereiro, o JB afirmava:

Além de citar repasse de propinas a figurões do PMDB e do PSDB, a delação do empresário Fernando Cavendish, o grande amigo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), promete balançar as estruturas do mundo do Direito, com a citação de alguns advogados do Rio de Janeiro.

>> Veja aqui

Também em fevereiro, o JB destacava que Fichtner poderia estar articulando sua delação.

A informação pode surpreender a todos, mas dizem que é verdade: Fala-se que o advogado Regis Fichtner que foi secretário da Casa Civil do ex-governador Sérgio Cabral, e também seu suplente como senador, e ainda procurador-geral da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, estaria fazendo delação premiada. A confirmar.

>> Veja aqui

Em agosto deste ano, o JB destacou: 

"Juristas" ligados ao esquema do ex-governador Sérgio Cabral, já preocupados, começam a ouvir advogados com boas ligações.

>> Veja aqui

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