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Antonio Patriota não é mais ministro das Relações Exteriores

Ministro foi demitido por Dilma após episódio envolvendo senador boliviano

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A presidente Dilma Rousseff demitiu o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, após o episódio envolvendo a 'fuga' do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado há 15 meses na embaixada brasileira em La Paz. Molina chegou ao Brasil na madrugada deste domingo com ajuda de diplomatas, embora não tivesse permissão para deixar o país. Dilma teria ficado irritada por não ter sido comunicada da fuga de Molina.

O Palácio do Planalto já anunciou que o novo ministro será Luiz Alberto Figueiredo, atual embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).

Antonio Patriota esteve reunido com  Dilma cerca de 50 minutos na noite desta segunda-feira, quando a saída do ministro foi acertada.

Em nota à imprensa, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a indicação de Patriota para a Missão do Brasil na ONU e agradeceu a atuação do ex-ministro "nos mais de dois anos que permaneceu no cargo".

Ministério Público da Bolívia pode pedir extradição de Roger Molina

O procurador-geral interino da Bolívia, Roberto Ramirez, afirmou nesta segunda-feira que o Ministério Público pode pedir a extradição do senador Roger Pinto Molina, que desembarcou no Brasil na madrugada de domingo.

Ramirez disse que o MP boliviano analisa os tratados nacionais e internacionais para depois tomar uma decisão.

Roger Molina ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira na Bolívia desde que pediu asilo político. No sábado (24), o senador deixou a embaixada com o auxílio da representação diplomática brasileira. 

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Nesta segunda, o embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano Talavera, pediu explicações ao Itamaraty sobre a retirada do senador boliviano da representação diplomática brasileira em La Paz e a viagem dele a Brasília.

Em nota, o Itamaraty, informou que abrirá um inquérito para apurar as circunstâncias da entrada no Brasil do senador boliviano. O diplomata Eduardo Saboia, apontado como principal responsável pela retirada do senador foi chamado  para prestar informações a respeito do ocorrido.