ASSINE
search button

Bovespa tem queda puxada por preocupações com a Grécia e perdas da Vale

Compartilhar

No exterior, principais bolsas do mundo tiveram queda nesta segunda-feira (15) influenciando perdas na Bovespa de 0,39%, por conta de falta de acordo da Grécia com seus credores, aumentando a pressão sobre o país. Fechando nos 53.137 pontos, a bolsa brasileira diminuiu suas perdas após divulgação da balança comercial brasileira que, pela primeira vez, registrou superávit no acumulado do ano. 

Cenário internacional volta as atenções para a Grécia

As pressões para a Grécia entrar em acordo com seus credores para pagamento de sua dívida pode aumentar mais ainda após reunião frustrada neste domingo. Após o resultado da reunião, o presidente da França, François Hollande, pediu ao governo da Grécia, que volte logo à mesa de negociações com seus credores. Já o presidente do Banco Central da Alemanha (Bundsbank) Jens Weidmann, destacou que o tempo para a Grécia fechar um acordo com os credores internacionais está se esgotando.

>> Negociações entre UE e Grécia terminam sem acordo

>> 'WSJ': Acordo sobre Grécia exigirá escolhas difíceis, diz economista do FMI

Para o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, o governo da Grécia deve oferecer “medidas realmente confiáveis” para resolver seus problemas fiscais e disse que os credores europeus deveriam concordar em reprogramar pagamentos de dívida a taxas de juros mais baixas, segundo artigo publicado no jornal norte-americano The Wall Street Journal.

>> Produção industrial nos EUA cai, mas dólar tem alta à espera de reunião do Fomc

Nos Estados Unidos, o dólar registrou alta de 0,295%, encerrando cotado a R$ 3,127 na venda. Expectativa fica para reunião do Fomc na quarta-feira (17), considerado o evento mais importante da semana. A produção industrial no país registrou queda em comparação com o mês anterior. 

No Brasil, balança comercial registra superávit no acumulado do ano

Na economia interna, o calendário de divulgações de resultados esteve menos movimentado nesta segunda, mas trouxe notícias positivas: a balança comercial brasileira registrou superávit na segunda semana de junho garantindo assim, pela primeira vez, um resultado positivo no acumulado de 2015, com o país exportando mais do que importando. 

>> Balança comercial brasileira registra superávit no acumulado do ano pela 1ª vez

Segundo o professor dos MBA's da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, esta melhora já era esperada, e foi puxada por três fatores como o maior volume na exportação da soja, a recessão econômica que o país enfrenta, o que induz as empresas nacionais buscarem aumentar suas vendas no exterior e a alta do dólar, que torna os preços dos produtos nacionais mais interessantes para os estrangeiros. 

>> Mercado financeiro prevê inflação de 8,79% este ano, informa Banco Central

O Boletim Focus, divulgado toda segunda-feira, registrou previsão de aumento da inflação pela nona semana seguida. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 8,46% para 8,79%, este ano. Para 2016, a estimativa segue em 5,50%.

Petrobras segue instável, Vale cai forte junto com Sabesp

Os papéis da Petrobras seguem movimento da semana anterior e fecharam instáveis, mesmo após anúncio da empresa na última sexta-feira (12) de que recebeu do Banco de Desenvolvimento da China recursos do financiamento assinado em 20 de maio, no valor de US$ 1,5 bilhão. Os papéis ordinários da companhia tiveram leve alta, de 0,14%, enquanto os preferenciais registraram queda, de 0,23%. No exterior, os ADR's correspondentes às ações ON e PN também seguiram movimento parecido. 

Já a Vale registrou fortes perdas, de 3,88% (VALE3) e 2,40 (VALE5), impulsionada por desvalorização no minério de ferro e dados fracos da economia chines. O país asiático divulgou queda na venda de veículos. 

Liderando as perdas junto com a Vale, os papéis da Sabesp (SBSP3) tiveram quedas de 4,82%, cotados a R$ 16,58. A empresa está envolvida em polêmicas a respeito do reajusta de tarifa da água. Na última sexta-feira, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) entrou com mandato de segurança contra a empresa por conta do reajusta de 15,24% nas tarifas de água. A companhia paulista defendeu a legalidade no ajuste. 

*Do programa de estágio do JB