ASSINE
search button

'Jornal do Brasil' e agradecimentos

Compartilhar

Aos 61 anos recém-completados, vejo que, a cada dia mais, as pessoas estão mais preocupadas, primeiro no “ter” e depois no “ser”. Os amigos que antes contávamos nos dedos dos pés e das mãos hoje em dia completam, com dificuldade, os das mãos; é duro, mas é a realidade.

Com esse proceder, as pessoas acabam esquecendo-se ou simplesmente deixando de lado alguns procedimentos básicos e elementares de nossas vidas, que é agradecer a quem nos ajuda e ampara, seja na vida pessoal como na profissional.

No ensejo, gostaria de fazer dois agradecimentos. O primeiro, ao meu amigo e grande “mahatma” (grande alma) Luis Antônio, que, não obstante o alto cargo que exerce em uma das maiores empresas do Brasil e do mundo, sempre está pronto para ouvir e ajudar. E é assim desde quando o conheci há algumas décadas, ou seja, o poder que ele conseguiu, fruto do seu trabalho e mérito, não lhe subiu à cabeça. Continua sendo a pessoa simples e cordial de sempre.

O segundo agradecimento vai para o Jornal do Brasil e toda a sua equipe de colaboradores liderada pela doutora Angela Moreira, presidente desse secular jornal, que desde 1891 tem sido uma verdadeira escola do melhor jornalismo e exemplo inconteste de democracia.

Ao longo dos seus 120 anos de existência, passou por “ares de brigadeiro”, mas também enfrentou – e venceu – a ferocidade das ditaduras e suas abomináveis censuras à livre liberdade de expressão.

Como leitor há décadas e mais recentemente articulista semanal do JB, na seção Sociedade Aberta, sou testemunha da forma profissional e democrática do proceder desse importante meio de comunicação.

Ao contrário de alguns meios que ainda insistem em praticar uma espécie de “censura branca”, cortando e editando textos, o Jornal do Brasil sempre se pautou em respeitar as opiniões e ideias. Basta ler as várias matérias publicadas, e o leitor se dará conta da diversidade dos temas.

Posso afirmar com todas as letras que, ao longo do tempo que venho colaborando com o JB, jamais tive um texto editado seja de forma ou de fundo. Ao contrário, além de manter o estritamente expressado, conto com a sempre boa vontade da experiente Editoria que, com grande competência, faz as correções dos meus erros – sim, erros; quem não os comete? – ora na pontuação, ora na grafia de alguma palavra.

Quem já visitou uma redação de um jornal, revista ou televisão sabe muito bem o que é fechar uma edição. Mudam-se as plataformas, mas as dificuldades continuam.

Quando da realização, no último dia 7, do primeiro Prêmio Mulher Destaque Rio 2011, uma iniciativa da Business Professional Women (BPW), em parceria com a Casa Brasil e com o apoio do Jornal do Brasil e da Casa de Cultura Julieta de Serpa, assim se expressou a doutora Angela Moreira referindo-se ao seu trabalho no JB

“Vinte e sete anos depois chegou a minha vez e coube a mim conduzir com a paciência e determinação, que são os traços do meu temperamento, o salto do jornal impresso para o jornal inteiramente digitalizado, como ele é hoje, gerenciando o travo de incerteza que uma mudança dessa ordem sempre suscita, tanto junto à “prata da Casa”, quanto na opinião da comunidade leitora e de anunciantes do JB”.

Continuou a presidente do Jornal do Brasil

“Mas, graças a Deus, pude pôr em prática todo o arsenal de doçura e firmeza que fui buscar no cardápio da alma feminina e participar de forma ativa dessa transformação profunda, que não apenas oferece ao leitor os mais velozes instrumentos de acesso à informação planetária mas é um marco do respeito ao Meio Ambiente”.

Mudou-se a plataforma de impresso para a digital, mas o JB não mudou o mais importante e essencial: o seu compromisso com a democracia e a liberdade de expressão. A esses dois princípios pétreos acrescento a fidelidade dos leitores que continua firme com o nosso querido JB.

O advento da internet foi uma grande ferramenta para o sucesso da mídia digital. Afirmo isso, pois, recebo mensagens de todas as partes, seja do Brasil e do exterior, de brasileiros e de estrangeiros, ora fazendo críticas e elogios, ora solicitando informações a respeito de determinado assunto.

Esse sucesso deve-se única e exclusivamente ao respeito que o público tem pelo Jornal do Brasil e à sua equipe de colaboradores, fruto do seu compromisso com a liberdade de expressão.

Obrigado a todos, e que Deus continue nos iluminando para que possamos seguir o conselho da poetisa goiana Cora Coralina: “Feliz daquele que transfere o que sabe, e aprende o que ensina”.

Humberto Viana Guimarães, engenheiro civil e consultor, é formado pela Fundação Mineira de Educação e Cultura, com especialização em materiais explosivos, estruturas de concreto, geração de energia e saneamento