Morreu o bebê que estava entre as vítimas do atropelamento provocado pelo carro que invadiu, na noite desta quinta-feira (18), o calçadão de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A menina, identificada como Maria, tinha oito meses de idade. O acidente aconteceu na altura da Rua Figueiredo Magalhães e deixou outras 16 pessoas feridas.
A Polícia Militar informou que o motorista, identificado como Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, foi detido e encaminhado para a 12ª DP (Copacabana).
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Segundo testemunhas, o carro teria percorrido cerca de 15 metros atropelando pessoas. Assustados, alguns pedestres teriam tentado linchar o motorista, mas a polícia impediu.
Na delegacia, Antonio de Almeida Anaquim disse, em depoimento à polícia, que sofreu um ataque epiléptico enquanto dirigia e "apagou". Ele foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) para exames de teor alcoólico no sangue, que detectou que ele não estava alcoolizado. Policiais encontraram no veículo medicamentos utilizados para tratar a doença.
Carteira suspensa
Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), Antonio de Almeida Anaquim estava com a habilitação suspensa desde maio de 2014. Em sua carteira de motorista estão registradas 14 multas, que somam 62 pontos em infrações.
O motorista, de acordo com o Detran, não cumpriu a exigência de devolução da habilitação. Por ter cometido crime de trânsito e dirigido com a carteira suspensa, Anaquim terá sua documentação cassada.
Darlan Rocha, de 27 anos, pai do bebê que morreu no incidente, disse que a mãe da criança também foi atropelada e seu estado de saúde é grave. “Como uma pessoa que sofre de epilepsia tem carteira de motorista? Não era para ter carteira de motorista e nem estar na rua. Matou minha filha, como vou ficar agora?”, lamentou.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, entre os feridos há um australiano, que está em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar.
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