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Forças Armadas começam a deixar a Rocinha, na Zona Sul do Rio

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Os militares das Forças Armadas deixam a comunidade da Rocinha, no bairro de São Conrado, na Zona Sul do Rio. O primeiro comboio saiu do local por volta das 4h desta sexta-feira (29), de acordo com informação da assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse na véspera à Agência Brasil que a retirada seria gradual, ao longo do dia.

As tropas fazem a segurança da favela desde o dia 17, quando foram acionadas por solicitação do governo fluminense em função de um conflito entre traficantes rivais pelo controle de pontos de venda de drogas na região.

Para o ministro, a situação na Rocinha está estabilizada com o fim de confrontos violentos entre os traficantes, e há redução nas apreensões de armas e nas prisões de criminosos. O ministro acredita que, com o deslocamento de traficantes da comunidade para outras regiões, não há motivo para manter o efetivo de 950 militares no local e deixar outras áreas da cidade sem o apoio das Forças Armadas.

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“Os bandidos que lá estavam conseguiram passar para outras comunidades próximas, então não fazia sentido permanecer com todo esse efetivo, mas sim deslocar o efetivo para outras comunidades, outros lugares onde eles possam ser devidamente capturados", declarou.

De acordo com Jungmann, se houver necessidade do retorno dos militares à Rocinha, caso a situação volte a se agravar, há um entendimento com o governo estadual para analisar o pedido com rapidez. "Isso será uma coisa desburocratizada e muito rápida, porque estabelecemos um plantão dentro das nossas unidades militares, que podem rapidamente chegar de volta à Rocinha ou chegar a outras comunidades se se fizer necessário e o governo e a Segurança do Rio de Janeiro pedirem", informou.

O ministro acrescentou que, por questões de segurança, não é possível adiantar se estão programadas operações com participação das Forças Armadas em locais para onde é provável que os traficantes da Rocinha tenham fugido. 

"Isso não posso adiantar, mas posso dizer que estamos com várias operações engatilhadas e programadas. São informações de inteligência que não podem perder o efeito surpresa."

"Encontramos uma Rocinha em guerra e deixamos uma Rocinha, neste momento, estabilizada. Em segundo lugar, apreendemos uma grande quantidade de fuzis, de bandidos, de carregadores, de pistolas, de granadas, de drogas e de munição. Em terceiro lugar, isso foi feito sem que um único morador fosse ferido e uma única criança fosse atingida, da sorte que eu acredito que o resultado foi positivo, embora sabendo que a mudança em termos estruturais de segurança da Rocinha, como do Rio de Janeiro, vai levar ainda bastante tempo", defendeu o ministro do governo de Michel Temer.

Jungmann acrescentou que as operações integradas no Rio, com o emprego das forças de segurança federais, vão continuar conforme está definido no decreto de Garantia da Lei e da Ordem, assinada pelo presidente Michel Temer em julho. "A todo vapor e sem nenhuma descontinuidade. Nós vamos continuar atuando porque esse é o desejo da população do Rio de Janeiro. As autoridades têm que atender a esse desejo e é também uma determinação do presidente Michel Temer."

Da Agência Brasil