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Violência: noventa PMs morreram no Rio este ano

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Na manhã desta sexta-feira (21), o soldado Fabiano de Brito e Silvam, de 35 anos, morreu ao ser baleado quando saía de casa, na Baixada Fluminense. Ele teria reagido a uma tentativa de assalto. Fabiano é o 90º policial militar a morrer no Rio neste ano, aumentando as estatísticas da violência que cresceu ainda mais com a crise no estado. O soldado deixa mulher e três filhos e era lotado no 20° BPM.

Segundo a PM, entre os policiais mortos, 19 estavam em serviço, 54 de folga e 17 são reformados.

Nos últimos meses, comunidades de todas as regiões da capital têm registrado confrontos, levando pânico à população. 

>> Violência: a face cruel da crise no Rio, que deixa um rastro de vítimas e desalento

Governo federal vai enviar 800 policiais para o Rio

O governo federal anunciou que vai enviar 800 policiais da Força Nacional para atuar na segurança pública do Rio de Janeiro. A decisão foi informada nesta quinta-feira (20), após reunião do presidente Michel Temer com o governador Luiz Fernando Pezão, em Brasília.

Dos 800 agentes, que chegarão ao estado para atuar pelos próximos 18 meses, 380 serão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 420 da Força Nacional, que já tem 200 policiais no Rio. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen.

Segundo Pezão, que interrompeu a licença médica de uma semana para participar da reunião, o reforço policial ajudará no combate à entrada de armas e de drogas nas fronteiras do estado e ao roubo de cargas em rodovias federais. 

“A população com mais 380 homens da Polícia Rodoviária Federal patrulhando, fora o que já tem de efetivo, ajuda muito. O grande problema do Rio é a entrada de armas e drogas que não são fabricadas no Rio. Já temos números que mostram que, de um mês para o outro, o roubo de carga, que é uma chaga no Rio de Janeiro, já caiu cerca de 12% com as ações de integração”, disse o governador.

Segundo o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sérgio Etchegoyen, o plano será aplicado em todo o território nacional desde as fronteiras, mas neste momento o esforço estará concentrado no Rio para combater a criminalidade. O ministro interino da Justiça, José Levi, explicou que a ideia é repetir a atuação integrada realizada nos grandes eventos, como as Olimpíadas.

Também participaram da reunião o vice-governador Francisco Dornelles; o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.