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Após mortes no Alemão, Pezão diz que precisa de ajuda federal

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O governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão voltou a dizer que precisa da ajuda do governado federal para lidar com as questões de segurança do Rio de Janeiro. No Complexo do Alemão, por exemplo, já foram registradas cinco mortes em seis dias. Nesta quinta-feira, o estudante Felipe Farias Gomes de Souza, de 16 anos, foi morto, enquanto moradores realizavam um protesto contra a morte de Paulo Henrique na véspera.

“Eu preciso ter mais recursos. Eu tenho quatro mil policiais pra serem admitidos, mas, infelizmente hoje não posso admiti-los, não tem recursos”, disse Pezão em entrevista à rádio CBN na manhã desta quinta-feira (27). O governador destacou que o Rio tem quatro mil policiais militares formados, mas que não podem começar o serviço por falta de dinheiro.

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A morte de policiais no estado também preocupa. “É importante a gente não achar normal que perdemos, em quatro meses, mais de 50 policiais. Eu tenho pedido permanentemente ao coronel Roberto Sá, ao coronel Wolney, que nenhuma vida vale a pena o confronto. A gente também não pode achar normal que o policial entre lá e tenha que ficar dentro de uma cabine blindada porque toda hora é alvo de tiros. Ali [no Complexo do Alemão] sempre foi uma área difícil pra gente”, comentou o governador.

Os confrontos na comunidade começaram na última sexta-feira (21), durante a tentativa de instalação de uma cabine blindada da PM. Para implantar a cabine, policiais militares invadiram a casa de um morador em março e usam o local como ponto de operação.

Pezão informou ainda que conversou com Michel Temer para manter a ajuda da Polícia Rodoviária Federal na fiscalização da entrada de fuzis e outros armamentos pelas rodovias federais. “O fuzil virou arma banal na Região Metropolitana do Rio e na cidade do Rio. A gente precisa ter policiamento reforçado nas nossas fronteiras. A Polícia Rodoviária Federal tem se desdobrado. Tenho pedido ajuda sistematicamente, de 15 em 15 dias, tanto ao ministro Jungmann, ao presidente Michel Temer para fiscalizar as nossas fronteiras.”