A reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) emitiu nota nesta segunda-feira (10), para reafirmar seu apoio aos protestos da comunidade acadêmica contra a situação de abandono da instituição de ensino. "Realizamos negociações com as empresas contratadas por licitação pública e obtivemos, da maioria delas, a garantia de que continuarão prestando os serviços que necessitamos para a manutenção básica da nossa Universidade", diz a nota.
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Confira o documento, na íntegra:
Nota da Reitoria
À Comunidade Uerjiana
A Reitoria expressa novamente o respeito às manifestações da comunidade acadêmica, em prol de nossa Universidade. Reiteramos nossa crença de que o diálogo e a transparência de informações constituem a base para a consolidação de uma Universidade pública autônoma, forte, democrática, responsável e socialmente referenciada, que atue para o bem-estar de nossa sociedade.
Realizamos negociações com as empresas contratadas por licitação pública e obtivemos, da maioria delas, a garantia de que continuarão prestando os serviços que necessitamos para a manutenção básica da nossa Universidade. Assim, ao menos limpeza, segurança, manutenção de elevadores e contratação de servidores operacionais (como ascensoristas, jardineiros, roçadores etc.), tanto para o CampusJoão Lyra Filho quanto para as nossas 13 unidades externas estão assegurados neste momento. Os serviços do Restaurante Universitário doCampus João Lyra Filho também estão sendo renegociados para que retornem no prazo de 20 a 30 dias. Todos sabemos, contudo, que não estão ocorrendo quaisquer repasses de recursos financeiros para o pagamento desses serviços. Continuamos, sistematicamente, insistindo com as autoridades do Governo do Estado para a reversão desse quadro.
Repudiamos o pagamento não isonômico de salários que tem ocorrido à revelia da administração da UERJ. Vimos tendo atrasos e parcelamentos no pagamento de nossos salários. Similarmente, as bolsas têm experimentado os mesmos atrasos, inclusive a bolsa-permanência para nossos alunos cotistas, (algumas das bolsas com atrasos ainda maiores, como as bolsas Prociência, que não vêm sendo pagas desde outubro de 2016). Temos consciência de que muitos dos servidores (docentes e técnico-administrativos) e alunos da UERJ estão impossibilitados de exercer sua atividade normal por absoluta falta de recursos financeiros, inclusive para pagamento de transportes e de alimentação.
De forma reiterada, a Reitoria da UERJ vem se pronunciando contra qualquer tipo de punição aos servidores e estudantes que não possam cumprir sua frequência em atividades da Universidade ou que aderirem, de forma responsável, aos movimentos democráticos que se revelem em apoio aos seus direitos e à melhoria das condições de trabalho, estudo e pesquisa de nossa universidade, respeitadas as escalas determinadas para a continuidade de serviços considerados essenciais.
Reitoria