A Polícia Rodoviária Federal apreendeu R$ 10,5 milhões em joias na Rodovia Presidente Dutra, na noite de quinta-feira (6). As joias estavam armazenadas em oito estojos compactos e não tinham notas fiscais.
O motorista que conduzia o veículo e o seu advogado afirmaram que tanto o carro quanto as joias pertenciam a empresa Sara Joias.
A joalheria é citada na Operação Calicute, que investiga o esquema de propinas chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Como as joias tinham etiquetas de preços, mas estavam sem nota fiscal, o condutor do veículo, um homem de 50 anos que não teve o nome divulgado pela PRF, foi encaminhado ao Posto Fiscal de Nhangapi. Ele foi enquadrado em crime contra a ordem tributária.
As joalherias Sara Joias, Antonio Bernardo e H. Stern são investigadas por vender joias a Cabral e Adriana Ancelmo sem notas fiscais. As empresas chegaram a criar um sistema de compensação paralela, em que cheques do casal eram trocados por dinheiro, como forma de não deixar rastros das compras.
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