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Em depoimento, piloto afirma que iate apreendido era usado por Sérgio Cabral

Iate “Manhattan” está em nome da MPG Participações, de ex-assessor de Cabral

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O depoimento à Polícia Federal do marinheiro Francisco José Sidney de Oliveira, marinheiro que pilotava o iate “Manhattan”, apreendido na última quinta (17), reforçou a convicção dos investigadores de que o veículo era utilizado pelo ex-governador Sérgio Cabral e sua família. O iate está oficialmente em nome da MPG Participações, de Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, ex-assessor de Cabral. As informações são do jornal O Globo.

O depoimento é mais um desdobramento da Operação Calicute, que levou o ex-governador e mais nove pessoas à prisão na quinta, por desvio de R$ 224 milhões. Entre os presos está o próprio dono da MPG, Paulo Fernando, acusado de ser um dos laranjas do ex-governador. A prisão temporária do ex-assessor foi estendida por mais cinco dias.

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O marinheiro revelou que, devido ao tamanho (o veículo tem 75 pés, correspondente a quase 24 metros), o iate ficava ancorado no Marina Verolme, em Mangaratiba. De lá, era deslocado até o condomínio Portobello, no qual a família de Cabral tem casa. O deslocamento do veículo ocorria quando o ex-governador fazia a solicitação diretamente ao marinheiro, sem o conhecimento de Paulo Fernando, de acordo com o depoimento.

Segundo Alessandro Neves Lopes, funcionário da Portobello, a presença do iate no cais do governador era costumeira. No depoimento à PF, Lopes afirmou também que Cabral mantinha um jet ski e uma embarcação de pequeno porte. O iate foi comprado pela MPG Participações em setembro de 2007, por R$ 5 milhões, durante o primeiro ano do governo Cabral.