O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, disse, em entrevista ao Jornal do Brasil, nesta quarta-feira (22), que o aceite do repasse de R$ 2,9 bilhões do Governo Federal para o Governo do Estado do Rio leva embutido um “pacote de maldades” que atinge a administração pública e os direitos dos servidores públicos.
“O governador aceitou esse pacote de maldades, o empréstimo está vinculado ao congelamento de salários por dois anos, à não realização de concursos públicos e à reforma da Previdência. Esse dinheiro que está entrando no Rio de Janeiro tem um instinto predatório. Ele veio com o objetivo de apenas garantir a segurança das Olimpíadas e atinge a administração pública e os direitos dos servidores”, disse ele.
Nesta quinta-feira (23), conforme antecipou o JB, representantes de 32 categorias do funcionalismo estadual entregarão ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Jorge Picciani (PMDB), o pedido de impeachment do governador em exercício, Francisco Dornelles. Na última sexta-feira (17), ao decretar estado de calamidade pública, o governador anunciou que tomará medidas “muito duras”.
“Estamos trabalhando com a ideia de que esse governador perdeu a capacidade de estar à frente do Governo do Estado do Rio de Janeiro e achamos que a solução passa pela substituição do governador e a convocação de novas eleições”, afirmou Darze, sem saber se Picciani aceitará o pedido, mas lembrando que o presidente da Alerj já deu declarações públicas de insatisfação com a ineficiência do governo. “Mas isso não quer dizer, necessariamente, que ele concorde com o impeachment”, completou o presidente do SinMed.
>>Sindicatos vão pedir impeachment do governador do Rio, Francisco Dornelles