Artistas, produtores culturais e representantes de movimentos sociais ocuparam, na manhã desta segunda-feira (16), o Palácio Capanema no centro do Rio de Janeiro. Durante muitos anos, o local foi a sede do Ministério da Educação e da Cultura.
Os manifestantes protestam contra a extinção do Ministério da Cultura, medida tomada pelo presidente da República em exercício, Michel Temer.
A deputada estadual Zeidan (PT-RJ) esteve no local para manifestar apoio à ocupação. "O governo atual exclui não só o movimento cultural, mas o de direitos humanos, das mulheres, dos afrodescentens, da ciência e tecnologia. As pessoas começam a perceber o movimento retrógrado que esse país vai começar a viver daqui pra frente", afirmou a parlamentar.
Marcelo Freixo (PSOL-RJ), também deputado estadual, também esteve no local. ""Lutar pela cultura hoje é lutar pela democracia. As primeiras medidas do governo golpista mostram a que ele veio. Acabar com o ministério da Cultura mostra para quem ele governa. Esse governo será enfrentado nas ruas e será enfrentado nas praças", disse o parlamentar em vídos postado em sua página na rede social facebook.
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Além da extinção de pastas e a junção de outras, o ministério de Michel Temer chamou a atenção por não ter mulheres ocupando cargos de ministras, o que não ocorria desde a redemocratização. Após a repercussão negativa, nas ruas e nas redes sociais, o presidente interino teria decidido criar a Secretaria Nacional de Cultura com o objetivo de sanar as duas críticas.
A ex-secretária de Cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes, aparece como o nome mais cotado para assumir a pasta.