Servidores do Estado do Rio de Janeiro entraram em confronto, nesta segunda-feira (21), com seguranças da Assembleia Legislativa (Alerj), durante as sessões extraordinárias para votação do orçamento de 2016. Manifestantes tentaram forçar o portão do plenário e foram contidos por seguranças, que usaram spray de pimenta. Os servidores, a maioria da educação e da saúde, protestam contra a falta de pagamento do 13º salário.
O orçamento de 2016, com valor estimado em R$ 79 bilhões, teve mais de 6,9 mil emendas na comissão de orçamento, com 91% das emendas aprovadas. O texto irá para o Diário Oficial Online, para em seguida ser votado e aprovado com segunda redação.
O governo do Estado anunciou semana passada que, para receber o 13º, os servidores deveriam fazer um empréstimo junto a um banco. Este empréstimo seria pago pelo Estado, com juros de 1,93% ao mês.
Contudo, nesta segunda-feira (21) muitos servidores afirmavam que não conseguiam retirar o dinheiro nos bancos. O secretário estadual da Fazenda, Júlio Bueno, disse que à tarde os valores estariam disponíveis.
Durante os protestos na Alerj, servidores gritavam palavas de ordem e entoavam músicas criticando a situação: "Rio de Janeiro sensacional, tomou a Alerj de pedra e pau. Em 2015 vai ser legal, se tiver corte vai ser legal" e "Ô, deputado, eu quero ver, você sem receber" eram alguns dos cantos.
O presidente da Alerj, Jorge Picciani, chegou a suspender a sessão por cinco minutos.